O cheiro que atrai
Algumas pessoas são mais vítimas das picadas de insetos do que outras. "Meu sangue é doce", costumam brincar. Na verdade, o que determina a preferência dos mosquitos é o odor exalado durante a transpiração. Aqui, os fatores que podem ser decisivos na escolha da vítima.
Metabolismo: bebês e crianças têm metabolismo mais acelerado e, por isso, costumam suar bastante. Eis por que suas bochechas e perninhas estão sempre cheias de picadas.
Ácido lático: os insetos são atraídos principalmente pelo ácido lático e pelas bactérias presentes no suor. Pessoas que praticam esportes produzem mais ácido lático e, portanto, devem tomar mais precaução.
Colesterol e pressão: segundo um estudo realizado pela Universidade da Flórida, colesterol alto e medicamentos para pressão alta também despertam o apetite dos insetos.
Suor masculino: estudos comprovam que homens são mais picados que mulheres. Como os odores exalados por eles são, em geral, mais fortes, atraem mais insetos.
Complexo B neles?
Não há evidências científicas suficientes para afirmar que as vitaminas do complexo B evitam a picada do mosquito da dengue ou de qualquer outro ser voador irritante.
O que dizem os defensores do método:
• as vitaminas do complexo B fazem com que os poros exalem um odor extremamente incômodo para o mosquito, afastando-o antes de ele pousar sobre a pele;
• recomenda-se tomar de uma a duas cápsulas por dia. A ingestão deve começar uma semana antes da ida a uma região infestada e continuar durante o período de permanência no local;
O que dizem os médicos:
• elas não devem ser usadas como método exclusivo de precaução, pois sua eficácia pode variar
de acordo com o metabolismo de cada pessoa;
• como as vitaminas do complexo B – em especial, a B1, a B6 e a B12 – estimulam as glândulas sebáceas, elas aumentam a oleosidade da pele, agravando quadros de acne. Também abrem o apetite e, portanto, podem fazer engordar — não o mosquito, mas você.
Que venha a vacina
Em agosto, a imunização contra a dengue deve começar a ser testada em voluntários. Por enquanto, os testes são feitos em camundongos. Se tudo der certo, as primeiras vacinas podem ser distribuídas em dois anos. Há vários centros espalhados pelo mundo que testam imunizantes contra o vírus da doença – no Brasil, o Instituto Butantã lidera as pesquisas. A grande dificuldade é criar um único remédio, eficaz e seguro, para os quatro subtipos do vírus – três deles em circulação no Brasil. Hoje, quem é picado e contrai a doença fica imunizado naturalmente apenas contra um dos vírus.
Fonte: Veja on line
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