Brasília – A Polícia Federal (PF) deve confirmar oficialmente a qualquer momento que os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo da Costa Oliveira — mais conhecido como Pelado, confessaram, nesta quarta-feira (15), o assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor público licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips.
Fontes envolvidas diretamente nas investigações afirmam que os dois, além de confessarem, indicaram o local do crime.
De acordo com a PF, Oseney, também conhecido como Dos Santos, foi preso temporariamente nesta terça-feira (14). Já Amarildo está preso desde o dia 7.
A PF ainda não se manifestou oficialmente sobre a confissão dos irmãos, mas as autoridades já estão checando o local da desova dos corpos — e, se for possível, o resgate.
Todas as pistas ao longo dos 10 dias de buscas levavam aos irmãos como autores dos assassinatos.
O Blog do Zé Dudu publicará a atualização da notícia no decorrer da confirmação de suas fontes.
Corpos foram incendiados e enterrados
Preso após desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, Amarildo Oliveira da Costa, conhecido como “Pelado” disse em depoimento à Polícia Federal que o crime teria a participação de, pelo menos, uma terceira pessoa. A informação foi confirmada à coluna por fontes da PF e do Ministério da Justiça.
Amarildo relatou ainda que essa terceira pessoa é que teria sido o responsável por atirar nas vítimas. No depoimento, ele confessou ter ajudado a enterrar os corpos. Agora a PF trabalha na procura pelos corpos.
“Pelado” afirmou que teria chegado ao local depois de os corpos terem sido queimados. Segundo fontes da PF, os suspeitos afirmaram que a motivação do crime estaria relacionada a práticas de pesca ilegal na região.
Há anos, o Vale do Javari é alvo indiscriminado de pesca e caça ilegais, entre outras atividades clandestinas, como roubo de madeira e tráfico de drogas.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.