Jacundá: tragédia no rio Arraia

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Um grupo de adolescentes banhava nas águas do rio Arraia na tarde de domingo, 19, na cidade de Jacundá, quando uma ribanceira caiu sobre três dos cinco jovens.

Um grupo de adolescentes banhava nas águas do rio Arraia na tarde do último domingo, 19, na cidade de Jacundá, quando uma ribanceira caiu sobre três dos cinco jovens. Um deles morreu após ficar cerca de 20 minutos debaixo d’água, outro teve a clavícula fraturada e um terceiro saiu com ferimentos leves. Os três jovens são de uma mesma família, que reside na Rua Acrísio de Sousa, bairro Boa Esperança, em Jacundá.

Os garotos costumeiramente banham nas águas do rio. No domingo, Francinês Fenelon dos Santos, de 17 anos, acabara de realizar corte de cabelo no irmão de 12 anos. “Vamos tirar esse cabelo do corpo”, teria dito Antônio, que convidou também Walaff Fenelon, de 11 anos. Os três seguiram em direção ao rio. No caminho encontraram o amigo Jonas Cabral, 14 anos, por volta de 17 horas.

Ao chegarem ao Arraia havia outros colegas de banho, inclusive, Francirléia, irmã dos três irmãos. “Sai de lá poucos minutos antes do acidente”, contou a adolescente de 14 anos. “A gente pulava do barranco, pois naquele local existe um poço dentro do rio”, detalha Francirléia.

Meia hora depois, quando o adolescente Jonas e outro colega se preparavam para subir na ribanceira e pular novamente nas águas, o barranco veio abaixo e com ele os três irmãos Fenelon. Antônio, de 12 anos, ficou soterrado enquanto Wallaff fraturou a clavícula e Francinês teve ferimentos leves.

Jonas relatou à reportagem que o primeiro a ser salvo foi Francinês. Em seguida Wallaff, que mesmo com fraturas tentou encontrar o irmão. E Jonas correu em busca de socorro. “Quando retornei com ajuda, Antônio ainda estava soterrado”. Às buscas para encontrar o corpo do garoto durou mais de 20 minutos.  Ao retirá-lo do lamaçal e colocá-lo na margem do rio, o adolescente já estava sem vida. Mesmo assim populares o levaram ao Hospital Municipal de Jacundá, onde foi constatado o óbito.

O pai dos garotos, o trabalhador braçal Expedito Alves dos Santos, 59 anos, estava transtornado. “Estou sem palavras para dizer o quanto estou triste neste momento”. E a mãe das vítimas, a dona de casa Maria Antônia Ferreira Fenelon, não pôde conversar com a reportagem devido seu estado emocional. Antônio era estudante do quinto ano da escola Cristo Rei. Seu corpo foi sepultado na tarde de segunda-feira, 20, no cemitério da cidade de Jacundá.

Por Antônio Barroso, no site Jacundá on Line

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