Tenho viajado muito pelo interior. Não só para participar das campanhas eleitorais do PMDB, pois sou o presidente regional do partido, mas também para agradecer pela minha última eleição como senador e me inteirar de como estão a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura e outras coisas. Faço a minha reciclagem como homem público e converso com candidatos, lideranças políticas, empresários, mas principalmente com a população para saber a realidade do Pará, contada pelos moradores locais e não por anúncios ou propagandas.
Quando chego a municípios com atividade econômica forte e consolidada, a realidade é bem diferente da de outros cuja única fonte de emprego é a prefeitura. Eu sou um dos responsáveis pela criação do município de Canaã de Carajás porque determinei que a Celpa levasse energia de Parauapebas para lá, em 45 dias, e também construí uma rodovia para ligar os dois municípios, além de garantir equipamentos param os agricultores. Canaã dos Carajás é hoje um dos municípios mais promissores e talvez se transforme, a médio prazo, no município mais rico do Estado, devido às recentes descobertas de minério de ferro e outros minerais. Claro, ainda existem dificuldades, mas Canaã, de vila de agricultores, sem nada, nem energia elétrica, tem hoje infraestrutura considerável e perspectiva econômica para gerar emprego e renda. E a população já está preocupada com a formação da sua mão de obra, com a necessidade da implantação de escolas profissionalizantes voltadas para sua vocação econômica. Quer o aproveitamento da mão de obra local, quer os empregos que vão ser gerados. Caso contrário, pode perder as oportunidades para o processo migratório inevitável quando há implantação de grandes projetos. Também em Rondon do Pará, fiquei alegre ao saber que a Votorantim Metais vai implantar uma usina para produção de alumina com capacidade de mais de 3 milhões de toneladas por ano e que será uma das maiores do mundo. Vai gerar inicialmente 6 mil empregos. Isso é que é notícia! A mesma coisa em Primavera, no nordeste do Pará, outro município que prepara seu futuro. Fui testemunha, em Juruti, do salto na arrecadação municipal, de 10 milhões de reais, por ano, para 160 milhões de reais, só pela presença da Alcoa, com o projeto de bauxita. Isso já acontece há algum tempo em Oriximiná onde a presença da Mineração Rio do Norte, pertencente à Vale do Rio Doce, faz com que a cidade se destaque na região.
Já em São João da Ponta (também era uma vila que eu visitei quando fui deputado e depois como governador levei energia e equipamentos comunitários), eu vi com grande tristeza que o único empregador é a prefeitura. A pobreza é de tal ordem que não existe uma farmácia no município. O cidadão tem que sair do município, ir até Castanhal e comprar remédio. Às vezes, o preço do transporte é mais caro do que o do remédio. Em compensação, em governos anteriores, a cidade foi contemplada com uma unidade de saúde que não chegou a funcionar adequadamente por falta de equipamentos. É um contraste. O governo faz um hospital que não funciona, e não existe farmácia no local, apesar de o governo federal ter um programa de farmácia popular que vende remédio subsidiado. Da mesma forma, o governo anterior e a prefeitura fizeram 3 pontes, mas deixaram de construir 16km de estradas para ligar o município à rodovia pavimentada (que vai até Marapanim e Curuçá e que é a mesma que leva a Castanhal). Então, sem estrada, as pontes não ajudam muito. Fica difícil o transporte para o escoamento da produção.
Levei outro choque em Portel, pois nas conversas com a população, eu soube que a principal reivindicação do município, a primeira questão, é que seja implantada uma agência da Caixa Econômica por lá. Por quê? Porque todos os programas de bolsa do governo federal (e são muitos) são pagos pela Caixa. O município conta com uma agência do Banco do Brasil. Pois bem, os cidadãos idosos, senhoras, e boa parcela da população, todo final de mês, se deslocam até Breves para receber o benefício. Gastam dinheiro de barco, gastam horas e horas de viagem e gastam a maior parte do dinheiro recebido no comércio de Breves. Não tem lógica. É pra ficar de boca aberta com a situação. O que custa fazer um convênio com o Banco do Brasil para pagar o benefício? O que custa levar um posto de serviço da Caixa para Portel?
O Pará é um território de contrastes, e cada vez mais eu acredito que é preciso a união de todos para diminuir essas desigualdades, facilitar a vida nos municípios e dar oportunidade de crescimento igual no Estado inteiro.
JADER BARBALHO
*Texto originalmente publicado no Jornal Diário do Pará no dia 23 de setembro de 2012.
17 comentários em “Jader Barbalho: Contrastes”
Quem foi a mente brilhante que trouxe esse aí?Agora terminou de afundar!!!!
E porque o seu que é bom ta lá há dois anos e não foi nem lá. porque
Na eleição de 2010 para governador .Eu já votei nulo, Ana Julia e Jatene já diziam ser contra a divisão do estado .Não perca o seu voto , votando contra a você mesmo .Sé tiver oportunidade pergunte a eles , todos os candidatos a governo do estado que venha de Belém ,sempre serão contra .Eles foram criados para nos tapear .
Só tem um jeito . De valor a seu voto ,votando em branco ou nulo para governo do Pará em 2014 . Eu vou fazer 70 anos e só votarei para governo quando tiver um novo estado ,você q é mais novo ou mais vivido precisa dar mais valor a seu voto.Nestes governos do Pará você não faz parte .ELES E QUEM PRECISAM DE VOTO NÓS NÃO.
A obra mais nova deste cidadão foi o roubo do dinheiro da SUDAM, as outras já mais 25 anos desde que foram feitas e hoje já não existe ou não serve para nada, assim como ele também já deveria ter desaparecido do meio politiqueiro.
O povo reclama, reclama e na eleição votam maciçamente! Não sejam hipocritas!
O quê? Fala sério… Almir Gabriel, sim, realizaou algumas obras no sul do Pará, inclusive deixou transitável a estrada até conceição do Araguaia.
Jader Barbalho, posa de sensivel à realidade de pobreza gritante no norte e nordeste paraense, posa de “mais um pai” de eletrificação no sul da Pará juntamente com o outros malas como: Asdrubal Bentes (este com mandato cassado por trocar votos por laqueaduras na região de Marabá), Faisal Salmen…. qual intuito? ludibriar ( enganar) a população com discurso xarope e arranjar ( ou melhor garantir) nas prefeituras onde manifesta apoio a seu caixa 2, infiltrando nas administrações publicas seus capachos, exímios desviadores de recursos federais, estaduais e municipais. Ainda tem paraense abestado que o apoia enganando-se que a este a imagem de trabalho está associada. engano primário. O pará continua atrasado deve-se a incompetência e clássico descomprometimento com o estado e sua população. Quando a lei da ficha limpa tiver voz e vez neste pais tais figuras serão meras alegorias no cenário politico regional, dado ser a população em parte, geradora de tais pressagios (corruptos por legitimação). digo oxalá (que um dia breve aconteça) este desejo de milhões de basileiros paraenses que tanto sofrem nas unas destes carniceiros.
O filho de Jader.o Prefeito de Ananideua.é mais ruim do que Darcy de Parauapebas.estao combinados o Sequinte.um vai ser candidato a gonvernador e outro vice. se for verdade pense numa chapa ruim de votar.nenhum faz o seu sucessor.
Roberto e Aurélio ; Foi o Governador la do Pará que mais trabalho no sul do Pará.Vocé é muito novo?
mafioso cara de pau
vcs acham que levando caixa economica federal para receber bolsa familia vão resolver o problema da população… querem resolver com esmolas.
Você levou o q? Acha que ta fazendo favor… Seja honesto Jader Barbalho, deixa de hipocrizia. Você governa em interesse próprio…
Jader, responde pq as estruturas das pontes na estrada que liga redenção a santana do araguaia não foram terminadas no seu gorveno.. ate hj a mais de 25 anos estão lá no tempo. Estruturas caras, dinheiro do povo do Pará.
roberto:
Não perca seu tempo e dos seus leitores publicando merda do maior ladrão do Pará.
Concordo.
Só demagogia….
Concordo.
Só demagogia….
Não perca seu tempo e dos seus leitores publicando merda do maior ladrão do Pará.