Jônatas Andrade 2012

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O advogado e blogueiro nas horas vagas, Dr. Rômulo Oliveira, com título similar, repercutiu em seu blog um comentário colhido aqui feito por um anônimo que apontava o juiz federal do trabalho, Dr. Jônatas Andrade, responsável pela 1ª Vara Trabalhista de Parauapebas e grande mentor do acordo celebrado entre a VALE e o METABASE relacionado ao direito do trabalhador sobre as horas in itineres, que trará cerca de R$26 milhões em obras para Parauapebas, para concorrer em 2012 ao cargo ora ocupado por Darci Lermen. Dr. Rômulo, já meio que lançando, extra oficialmente, comenta o assunto e quero aqui também fazê-lo.

Dr. Jônatas Andrade é, sem sombra de dúvidas um homem que gosta de desafios. Recentemente nos encontramos e conversamos por horas sobre o mencionado acordo. Ele me relatou as dificuldades que um magistrado encontra quando se aplica a Lei, e as intempéries e acossamentos que sofreu até que finalmente o acordo tivesse sido efetivamente fechado. Sem jamais puxar para ele a autoria do pacto firmado entre as partes.

Quando publiquei o comentário que sugeria a candidatura do juiz a prefeito de Parauapebas, imaginei que tal fato não seria repercutido, pois desconheço a aptidão política do nobre magistrado. Não discutimos isso, apesar de sentir em seus pronunciamentos uma forte tendência socialista, não o socialismo radical, mas aquele que crê que o Estado deve se aparelhar para bem atender o cidadão, dele cobrando quase nada ou o mínimo possível. Contudo, aprendi nessas poucas horas de diálogo, que Parauapebas tem sim na pessoa do Dr. Jônatas, um cidadão que quer o crescimento dessa cidade, que busca incansavelmente, em suas ações, ser o mais justo possível. E acredito ser esse tipo de pessoa que precisamos para colocar Parauapebas nos trilhos do crescimento, do desenvolvimento, da moralidade e do respeito.

Parauapebas é hoje uma cidade constantemente desrespeitada. Não só pelos políticos, mas acima de tudo pela maioria dos seus eleitores.

Senão vejamos:

Quando se sobe em um palanque eleitoral, às vésperas das eleições, e se promete obras mensais de um milhão de reais, visando o voto do eleitor, isso não é desrespeito. Desrespeito é votar de novo na pessoa que nunca cumpriu uma promessa de palanque. Então, convenhamos, quem primeiro desrespeita Parauapebas somos nós mesmos!

Quando Parauapebas sai na mídia nacional, é desrespeitada. Citam o município como se aqui só houvesse pessoas de índole ruim. São os batatas que roubam ciberneticamente o saldo bancário de correntistas desavisados, sem terras que, com incentivo governamental, invadem ferrovia e atrasam o crescimento do município, assassinos inescrupulosos que, por ciúmes e pouco dinheiro, tiram a vida de uma gestante a caminho da maternidade,  são jornalistas que preferem mostrar nossas fragilidades nas reportagens sensacionalistas que talvez alcancem um IBOPE maior, e outros tantos erros que são cometidos nessa região onde correm rios de leite e cascatas de cuscuz, como diria o meu amigo locutor Demerval Moreno.

Esse desrespeito só acontece porque não nos defendemos, nossas autoridades preferem se fazer de surdos, como Rock Balboa, acham que quem agora bate, em certa hora se cansará.

Ledo engano, os motivos se renovam a cada promessa não cumprida, a cada insensatez nas decisões, a cada torneira aberta sem que a água dela jorre, a cada criança ou debilitado que é precariamente atendido no Hospital Municipal, a cada criança que precisa se sacrificar estudando dentro de um contêiner como os alunos da Vila Cedere I,  a cada desperdício de recursos como os aplicados na reforma da Praça da Matriz, na ponte que caiu e só agora parece que vai ser reerguida ou no Hospital que nunca passará de uma armação de concreto. Enfim, é preciso continuar cobrando, fazendo o papel do chato, do cara que só fala mal, mas, sejamos sensatos, tem motivos para cobrar.

Os meus motivos são os mesmos dos que querem ver Parauapebas uma cidade reverenciada e respeitosa. Se, para que isso aconteça, é necessário mobilizar um grupo de fiéis combatentes para que um juiz trabalhista deixe a função  para qual se candidatou e a qual exerce tão brilhantemente, serei o primeiro a convidá-lo, convocá-lo, persuadi-lo ou qualquer coisa equivalente que o leve a aceitar o encargo. Acho, no entanto, que temos todas as ferramentas para mudar o resultado desse jogo sem que o TRT perca figura tão competente em seu quadro. Só nos falta usá-las a contento e para isso é preciso mobilizar todos os que comungam desse pensamento. Você se habilita?

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5 comentários em “Jônatas Andrade 2012

  1. Rubens Moraes Junior Responder

    Importantíssimo ressaltar que em nenhum momento restou evidenciado, minimamente que seja, intenções políticas do Magistrado mencionado.

    Não nos cabe, sob pena de leviandade, levantar tais questões, sobretudo de interesse político do Juiz Titular da 1ª Vara do Trabalho, em pleitos futuros.

    Como advogado militante, tenho respeito pelas decisões do magistrado, sejam elas contra ou a favor dos interesses de meus clientes. A sensatez, a ética, a lisura em seus procedimentos, e, sobretudo, o respeito as leis e aos princípios constitucionais e demais fontes do direito, são marca registrada da atuação do magistrado.

    Eu, como personagem atuante na história de meu tempo, espero que novas lideranças verdadeiramente surjam com ideais, coragem, virtude, lealdade e espírito de luta. Precisamos de renovação sim, mas de invenção de moda não !

    Abraço aos companheiros.

    Rubens Moraes Junior

  2. Jônatas Andrade Responder

    Caro Zé Dudu, reproduzo aqui o que postei no blog do Rômulo. No meu ato solene de posse como juiz – 10 anos se passaram – jurei cumprir a Constituição e as leis da República, entre elas a Lei Complementar 35/79, cujo artigo 26, II, c, dispõe que o magistrado perderá o cargo pelo exercício de atividade politico-partidária. A jurisdição, como a Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, é a “parte que me cabe neste latifúndio”. Não pretendo dela abdicar. Meu projeto de vida é público e de todos conhecido. Não há do que duvidar. Recebo suas palavras – e de seus comentaristas – como reconhecimento público de um trabalho árduo – meu e de meus companheiros de jurisdição, ouso dizer – mas igualmente como franca generosidade de seus espíritos sobranceiros!

  3. Célio Silva Consultor Responder

    O Dr. Jonatas Andrade é um Juiz que honra a função pública, e é importante para a Justiça do País.
    Atua sem qualquer intenção política outra como suscitam.
    Exerce seu papel social na comunidade, por isso é importante não confundirmos a função de relevância social, como Juiz, com a função política.
    Sua atuação deve ser ressaltada, mas respeitada a sua função, evitando tais elocubrações.
    O Dr. Jonatas ainda tem muito a oferecer á sociedade como Juiz do Trabalho, e o Poder Judiciário precisa dele e dos demais Juizes, que não de menor monta, tenho certeza que contribuem para reduzir as desigualdades em Parauapebas.
    Parabéns ao Dr. Jonas e demais Juizes, mas não vamos misturar as coisas, porque temos certeza que sua atuação é sem, com certeza, qualquer pensamento partidário, porque é uma pessoa justa.
    É apenas a demonstração do papel social do Juiz e sua relevância para a sociedade (não precisa ser político para isso), e que devemos, em uma socidade que não reconhece isso, deixar o registro de reconhecimento pelo trabalho.
    Parabéns Juizes de Paraupebas e do Pará na figura do Dr. Jonats.

  4. Henrique Spies Responder

    Porque não? A vontade de mudar, de formar um novo jeito de administrar, tem que vim do magistrado, se ele tem interesse… Bastará saber o interesse do povo.. nas urnas..

  5. eleitor Responder

    Sem sombra de dúvida nenhuma o Dr. Jônatas é um homem de coragem e que gosta de desafios. Não existe na cidade alguém que possa dizer o contrário. Mas na minha singela opnião, acho que não é “a praia” dele (posso estar enganado). Acho que ele continuará lutando pela justiça social como magistrado. Por isso eu voto no que é novo.

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