Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Durante a realização de um seminário de discussão do planejamento estratégico para os primeiros seis meses do governo de João Salame à frente da Prefeitura de Marabá (2013-2016), na última semana, foram apresentadas várias propostas de ações relativas às principais secretarias municipais. O seminário foi realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou na quinta-feira (22) e encerrou ontem, sexta-feira, 23.
O seminário foi um momento de diálogo entre membros da equipe técnica do prefeito eleito e de representantes de vários setores da sociedade marabaense. A primeira pauta de discussão foi a saúde, que tomou a primeira manhã inteira do seminário. Os assuntos salários, condições de trabalho para os profissionais de saúde, medicamentos e materiais de expedientes que faltam constantemente foram os temas mais enfocados.
Roberto Salame, procurador do município e um dos líderes da equipe técnica do governo seu irmão, João Salame, disse em que os primeiros 180 dias de governo estão sendo planejados e discutidos por grupos temáticos voltados para a saúde, educação, gestão, cultura, agricultura, assistência social, urbanismo. “Nas equipes técnicas, temos a participação, inclusive, de servidores concursados da Prefeitura de Marabá que atuam nas respectivas áreas, além de sindicatos, associações, ONG’s,
técnicos de outras instituições, como Incra e INSS”, explica.
Roberto Salame observa que uma das propostas que surgiram ao longo do seminário foi a de fundir algumas secretarias nos primeiros seis meses de governo para diminuir as despesas. Ele não precisou quantas serão fundidas e se algumas desaparecerão, como é o caso da Secretaria de Ações Comunitárias.
A Reportagem do blog apurou, extraoficialmente, que há possibilidade de a Secretaria de Cultura ficar atrelada, inicialmente, à Secretaria de Comunicação. O enxugamento dos gastos com o custeio da máquina administrativa será inevitável, segundo Salame, inclusive com diminuição do consumo de energia e de material de consumo.
Essas mudanças seriam apenas para os primeiros 180 dias de governo, porque já a partir de abril, com a elaboração do Orçamento Participativo através do Plano Plurianual, quando a nova gestão apresentaria a proposta de uma reforma administrativa partindo de um debate com a comunidade e com a sociedade.
Saídas para a saúde
Na área de saúde, a maior urgência será manter os serviços básicos para que a população não sofra como está ocorrendo atualmente. “Claro que temos a compreensão de que os problemas do setor são muito grandes e não serão resolvidos em seis meses, mas precisamos garantir o básico nos centros de saúde e hospitais, disponibilizando médicos, garantindo medicamentos e o funcionamento do HMI e do HMM. Outras ações serão desenvolvidas no decorrer do governo”, observa Roberto.
Houve quem apontasse a necessidade de o novo governo cuidar da atenção básica, ou seja, investir mais na prevenção para evitar que as pessoas adoeçam e acabem onerando os custos para o tratamento. “A atenção básica é a essência da saúde e por ela deve primar o novo governo”, sugeriu Roger Lobo, membro do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores na Saúde Pública do Pará).
Instado a opinar sobre a secretaria que estaria mais organizada e, portanto, dará menos problema para a nova gestão, Roberto Salame avalia que a Secretaria de Educação. “As dificuldades serão em todas as secretarias, mas vejo que na Semed os ajustes serão menores. Mas destaco que trata-se de uma opinião pessoal”, observa.
Questionado se a equipe de Salame já sabe a quantidade de obras que estão em execução pela Prefeitura e o volume de recursos que necessitará para terminá-las, Roberto Salame disse que as informações nessa área ainda estão muito imprecisas e espera que na transição sejam repassados números oficiais sobre as obras físicas em execução.
Os resultados do seminário serão repassados ao prefeito eleito João Salame, para que ele possa ter subsídios para atuar de forma eficaz logo no início de sua gestão. Aliás, por falar no prefeito eleito, ele participou do seminário nesta sexta-feira, tendo agradecido a participação dos líderes comunitários e garantiu que as propostas ali apresentadas serão levadas em consideração por sua equipe de governo.
0 comentário em “João Salame deverá fundir secretarias para enfrentar crise financeira em Marabá”
Só espero que o governo federal cumpra o que prometeu na campanha do prefeito eleito João Salame, e não nos deixe na poeira, e nem lixando a pedra do LORENÇÃO, pois já temos exemplos, de promessas eleitoreiras dos governos petistas. Cito: transposiçâo do Rio Sâo Framcisco no Nordeste, a seca continua matando e o povo sofrido morrendo de fome,aqui em nossa região o Lula falou que a Alpa já estava no PAC, mas o povão já desconfia de ter caído no conto do PACO.