O Carajás o jornal esteve no escritório da CELPA e entrevistou o engenheiro Raimundo Conde, novo superintendente da empresa para esta região. Na entrevista, Raimundo Conde fala dos principais problemas que assolam o fornecimento de energia em nossa cidade.
Por que há tantas quedas de energia em nosso município?
Veja bem. Há que considerar x tipos de quedas: as programadas, as intempestivas e as que realmente são problema da CELPA. Nas programadas, não há realmente queda de energia. Há, sim, um desligamento para serviço de reparo e/ou manutenção da rede. Pode ser localizada ou pode ser geral, dependendo do problema. Neste ponto, eu digo que a CELPA ainda fará vários outros desligamentos, sim. Mas visando à melhoria do serviço, pois não nos é possível mexer na rede com ela ligada.
As intempestivas são, nas nossas medições, as que dão mais prejuízo, tanto ao consumidor como à CELPA. Quando consumidor, sem avisar à CELPA, resolve ele mesmo intervir na rede, ou por gato, ou por pressa, ele às vezes causa enormes prejuízos, tanto a ele mesmo, como à comunidade atendia pela rede que ele interviu. Um exemplo é a nossa zona rural. Há o costume de quando aquelas chaves que ficam nos postes rompem (e elas foram feitas justamente para romper quando há um curto-circuito ou sobrecarga do sistema, impedindo que esse curto ou sobrecarga do sistema, se espalhe e acabe ali), muitos usuários resolvem eles mesmos fazer reparos, em vez de avisar à CELPA. Colocam um fio de cobre grosso que funciona muito bem como condutor, mas não exerce a função de impedir que um curto-circuito se espalhe, pois por ser muito grosso, ele não se rompe. A descarga continua passando e se espalha por toda aquela rede e temos então, uma pane geral. Este é apenas um exemplo de intempestividade.
Os “gatos” também são um grave problema em nosso município, pois aquelas pessoas não entram nos cálculos de tensão que fazemos para os transformadores, no entanto, eles estão lá, consumindo e gerando sobrecarga pelo mal dimensionamento do sistema. Quanto às que são realmente culpa da CELPA e elas existem, é claro, elas representam apenas uma pequena parcela dos problemas que temos hoje.
O que muitos consumidores não sabem é que sempre que forem fazer ampliações elétricas, instalar novos aparelhos elétricos que gerem muita demanda de energia (como as centrais de ar-condicionado (spliters), que se popularizaram com as quedas de preços) elas devem comunicar à CELPA para verificar se essa demanda pode ser atendida pelo atual transformador da área. O transformador da área próximo a farmácia Big Ben, por exemplo, já foi trocado 3 vezes, tendo sua capacidade mais que triplicada, pela grande demanda de energia daquela área.
Segundo Conde Parauapebas hoje, tem na verdade é sobra de energia. Nosso gargalo encontra-se mesmo é na distribuição, pois as linhas de distribuição não crescem na mesma velocidade que a cidade.
Afinal, a cobrança da taxa sobre iluminação pública é ou não é legal?
Ela é legal e amparada por lei municipal, aliás. O que é preciso entender é que a taxa de iluminação pública é recolhida pela prefeitura através de convênio com a CELPA. Na verdade, quem cobra da população é a prefeitura, para ajudar a pagar a iluminação pública da cidade. Hoje, todos os municípios paraenses, sem exceção, têm uma lei nesse sentido.
Uma última pergunta: Por que a CELPA não compareceu à Audiência Pública que tratava justamente dela?
A CELPA está e sempre esteve a disposição dos poderes públicos e de toda a população para quaisquer esclarecimentos sobre sua atuação. Nós até preferimos as audiências públicas. Já realizamos audiências públicas em cidades em cima de trios elétricos, no centro de praças. O que houve em Parauapebas, foi falha de comunicação. Nosso gerente, Marivaldo, não recebeu nenhum ofício sobre nossa participação. O que foi recebido foi um convite, às 15h do dia anterior. Como gerente da CELPA, ele recebe dezenas de convites. Ele me disse que quase nem abre aquele convite. Não fomos oficiados a respeito da audiência. E de qualquer forma, foi em cima da hora demais. Se queriam esclarecimentos, então nós deveríamos ter tempo para nos preparar, levantar dados, para que a audiência não fracassasse por não dispormos das informações. Repito: nós concordamos e até preferimos as audiências públicas. Vamos inclusive, solicitar à Câmara que solicite outra audiência e teremos prazer em comparecer e contribuir com o diálogo.
Fonte: Jornal O Carajás – Parauapebas
3 comentários em “Jornal O Carajás entrevista Raimundo Conde, novo Superintendente da CELPA”
Olha a cara dele de alegria por tratar-se de um tema polêmico. Realmente, não entendo…
Pela foto que esse mais novo incompetente da CELPA exibe, deve tratar-se do convite da Câmara Muncipal para prestar esclarecimentos sobre a inutilidade da CELPA em Parauapebas. È pra morrer de rir mesmo.
Toda regra tem sua exceção, toda cobrança tem seus valores legais e toda Empresa é ou não responsável. Parauapebas está sim crescendo muito rápido e tem muitas pessoas que agem de má fé, porém a Rede Celpa deixa muitíssimo a desejar, e tem lugares que a falta de energia é horrível , no bairro da Paz por exemplo sofremos muito com a falta da mesma, ligamos e não somos atendidos, vamos até a empresa e lá sim, o atendimento é péssimo, as atendentes mal olha em nossa face para dar uma simples informação, criaram uma porcaria de atendimento vi sms que serve pra enrolar besta, a conta no fim do mês nunca falta, mas responsabilidade e ética por conta da Empresa ela nem sabe o significado. Fala sério tenham pelo menos um mínimo de responsabilidade.