Cláudio José Pinto Silva, de 22 anos de idade, morreu na noite de ontem, quarta-feira (2), em confronto com policiais militares do 23º Batalhão da PM, em Parauapebas. De acordo com informações colhidas na polícia, ele tinha histórico de violência familiar chegando a passar cerca de seis meses preso por tentativa de feminicídio contra a companheira, com quem convivia havia três anos.
Segundo a mulher, no ano passado Cláudio desferiu contra ela um golpe de faca, atingindo-lhe a clavícula esquerda. Inclusive, na época, a vítima procurou a Delegacia de Polícia Civil ainda com a arma cravada no corpo. À Reportagem do Blog, a viúva disse que, sempre que bebia, o companheiro a agredia e a ameaçava de morte, chegando a esfaqueá-la, crime pelo qual ficou preso por cerca de seis. Quando ele saiu da cadeia, eles voltaram a viver juntos e as agressões continuaram.
Além do histórico de violência doméstica, Cláudio José também respondia por fratricídio, por matado a facadas o irmão dele, Lucas Chagas Pinto da Silva, em 24 de setembro de 2019. Na noite da intervenção policial ele estava novamente agredindo sua companheira, quando uma guarnição da PM, coincidentemente, passava na rua, pela frente da casa do casal, na Rua B, Bairro Tropical II, e foi chamada pelos filhos da mulher. Minutos antes, um filho dela, de 13 anos de idade, conseguiu desarmar o padrasto, que, armado de facão, ameaçava matar a mãe do adolescente.
De acordo com o cabo que comandava a guarnição, composta também pelo soldado Wilton, diante do pedido de socorro, eles entraram na casa no momento em que Cláudio José agredia a mulher. Quando viu a polícia, ele fugiu correndo, pulando cercas e muros por mais de um quarteirão, até ficar encurralado em um terreno baldio, gritando que não voltaria para a cadeia, pois já respondia pelo assassinato do irmão.
Ao mesmo tempo em que tentava puxar algo da cintura, não sendo possível identificar se era faca ou revólver. No momento em que os policiais se aproximaram de Cláudio José, ele avançou sobre o cabo, tentando tomar a arma do policial. No mesmo instante, ao ouvir um estampido de arma de fogo, o soldado fez um disparo contra Cláudio José, que morreu minutos depois.
(Caetano Silva)
