O delegado de Polícia Civil João Bosco Fagioli, de Tailândia, responsável pela investigação do assassinato da professora Rosângela Vidal, de 44 anos, concedeu entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (13). Ele anunciou a prisão de Antônio Victor Souza Mota, de 19 anos. O suspeito confessou ter matado a mulher, ateado fogo em seu corpo e furtado a sua moto, na madrugada de sábado (11).
João Bosco explicou que pretende concluir o inquérito nos próximos dez dias. Sobre a prisão do principal suspeito e agora réu confesso, o delegado disse Antonio Victor foi preso em casa. “Quando nossa equipe chegou à residência, ele estava saindo, recebeu voz de prisão e ouviu os motivos por estar sendo preso,” detalhou.
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Antonio Victor, inicialmente, é acusado de homicídio triplamente qualificado e furto. No entanto, essas acusações serão definidas após a conclusão do inquérito. Na primeira versão apresentada em depoimento, Antônio Victor contou que encontrou Zana, como também era conhecida a professora, em um bar e os dois começaram a conversar. “Quando fui ao banheiro e voltei pra mesa notei que estavam faltando R$ 600 guardados na capinha do meu celular,” disse ele.
Em seguida, contou que perguntou a Rosângela sobre a quantia – a professora teria negado o suposto furto e tentado ir embora, mas foi convencida a permanecer no estabelecimento. Antônio Victor a teria convidado para os dois irem à uma serraria, e ela o acompanhou.
No local ermo, o acusado disse que os dois discutiram e ele deu um soco no rosto da vítima, que caiu. Em seguida, ele passou a bater fortemente a cabeça da professora em um pedaço de madeira.
Após perceber que Zana estava morta, o assassino, conforme confessado, a despiu e usou as peças de roupas para lhe atear fogo. Antônio negou ter abusado sexualmente da vítima. Ele finalizou dizendo que encontrou a quantia supostamente furtada e horas depois abandonou a moto da professora, na qual saiu após matá-la.
O corpo de Rosângela Vidal foi encontrado por volta de 7h de sábado (11), entre a vicinal Badarote e o Jardim Primavera. O delegado João Bosco, que não explicou como a polícia chegou ao assassino, aguarda o laudo cadavérico para concluir o inquérito.
(Antonio Barroso)