A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a seccional do Pará (Amepa) divulgaram nota de repúdio em face da aparente tentativa de assassinato (“covarde ato de violência”) do juiz Alexandre Rizzi, vice-presidente da Amepa. O atentado ocorreu nesta sexta-feira (12/7), na cidade de Vigia, e ainda está nas apurações preliminares.
A nota da AMB, assinada pelo presidente da entidade, Nelson Calandra, sublinha que “pela segunda vez, no estado do Pará, uma autoridade judiciária é alvo de atentado contra a vida, o que demonstra séria preocupação com a escalada da violência, especialmente, quando atinge servidores públicos responsáveis pela aplicação das normas penais no Estado Democrático de Direito”.
E acrescenta: “O ato material contra uma autoridade judiciária enfraquece, muito além do simbolismo do cargo, a garantia de toda a sociedade que exige segurança pública. É uma completa inversão de valores, que não pode ser admitida ou tolerada”.
O atentado
O juiz alvejado, de 35 anos, é titular da comarca de Brasil Novo, sudoeste do Pará, e estava dentro do próprio sítio, localizado no município vizinho de Vigia. Ele foi baleado nas costas, e transferido de helicóptero para Belém nesta tarde. De acordo com testemunhas, dois homens armados invadiram a propriedade, localizada no ramal Riozinho, a oito quilômetros do município de Vigia, e surpreenderam o magistrado às margens de um igarapé do sítio junto com o caseiro.
As vítimas foram obrigadas a se deitar no chão. Depois, os bandidos amarraram o caseiro, e levaram o juiz para outro ponto do imóvel. “Os bandidos procuravam por armas na casa”, informou o delegado-geral, Rilmar Firmino.
Fonte: Jornal do Brasil