Juiz ouve testemunhas da Operação Higeia em Marabá

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Na última semana, o juiz Marcelo Andrey Simão Santos, titular da 5ª Vara Penal de Marabá, ouviu em testemunho oito testemunhas de acusação de nove servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá, acusados de participarem de um esquema fraudulento e milionário de compra irregular de medicamentos através de licitações.

A previsão é de que o magistrado deva sentenciar o caso ainda em 2012, três anos após a Polícia Federal ter feito duas busca e apreensões e a prisão de nove pessoas, entre as quais o então secretário municipal de Saúde e vice-prefeito de Marabá, Nagilson Amoury, após receber denúncia e investigar um provável esquema de manuseio de licitações para favorecer empresas específicas e o uso de empresas fantasmas para prestigiar apenas uma delas e até mesmo a dispensa de licitação, passando pelo superfaturamento na compra dos medicamentos em Marabá.

Os acusados não puderam participar da audiência de inquirição de testemunhas, apenas seus advogados, que fizeram várias perguntas para tentar desqualificar os acusadores. “Estou tranquilo e seguro de que sou inocente”, disse o vice-prefeito Nagilson Amoury.

A próxima audiência está prevista para o dia 3 de julho, quando devem ser ouvidas as 15 testemunhas de defesa.

Após isso o processo segue para as alegações finais e retorna para o juiz Marcelo Andrey sentenciar, caso não haja necessidade de nenhuma perícia ou diligência.

Os presos e indiciados pela Polícia Federal são Nagilson Rodrigues Amoury, Carlos Alberto Viana Penha Júnior, Érika de Fátima Peres de Sousa Melo, Izabel Morais Rodrigues, Jose Danilo Costa Neto, Marla Cibelly Dias de Oliveira, Raimundo Herculano Rodrigues, Reginaldo José Peres de Souza e Ronaldo Herculano Rodrigues.

Eles foram processados pelos crimes de peculato, dispensa de licitação, desvio de finalidade, formação de bando ou quadrilha e fraude em licitação.

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