O Estadão informa que a juíza federal da 8.ª vara federal do Pará, Priscila Pinto de Azevedo, negou pedido de reintegração de posse da Norte Energia da área que desde dia 20 está ocupada por cerca de 150 indígenas das comunidades Araras da Volta Grande, Jurunas, Xicrins, Kaiapós e Parkanãs. A ação de manutenção/reintegração de posse com pedido de liminar foi ajuizada pelo Consócio Construtor Belo Monte. A juíza definiu também que a empresa “deve encontrar uma saída negociada, com participação da Funai”.
Maior obra de infraestrutura do país, a usina de Belo Monte afeta onze municípios do Pará. Com uma população total de aproximadamente 350 mil pessoas, essa região deverá atrair ainda cerca de 100 mil novos habitantes, dos quais 20 mil serão funcionários diretos da hidrelétrica. Hoje já existem quase 12 mil trabalhadores nos canteiros de obra.
A Norte Energia sustenta que tem 117 projetos socioeconômicos e ambientais em andamento na região e que já assinou convênios que somam R$ 233,9 milhões em obras e ações sociais. Paralelamente, a mitigação dos impactos negativos causados pela usina conta com os aportes do chamado Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, pelo qual o governo prevê um investimento de mais R$ 2,5 bilhões na região durante a construção da usina, que tem previsão de ser concluída até 2019.
O jornal O Globo informa que o grupo Norte Energia, responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte em Altamira levará na quinta-feira uma resposta à pauta de reivindicações do grupo de índios que tomou conta de parte dos canteiros de obras. A ocupação ocorreu na última sexta-feira, mas as demandas somente chegaram ao consórcio no domingo.