Em coletiva que aconteceu agora há pouco no 23º Batalhão de Polícia Militar, em Parauapebas, o delegado-geral do Pará, Walter Resende de Almeida informou à imprensa que o laudo sobre as circunstâncias do suposto atentado ao candidato Júlio Cesar (PRTB) não confirma o que as testemunhas presentes no dia do fato ouvidas pela Polícia Civil do Pará informaram quando ouvidas pelas autoridades policiais. Segundo o delegado, todos os presentes informaram que o veículo em que estava o candidato foi seguido por um gol branco, que após alcançá-lo ocorreram vários disparos em direção a camionete onde estava JC. Ainda segundo o delegado-geral, a informação das testemunhas é de que, quando atingida pelos disparos, a camionete estava em velocidade aproximada de 70 km/h.
Já o legista do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves responsável pelo laudo afirmou categoricamente que, segundo as provas colhidas e a reconstituição da cena do crime, o veículo do candidato estava parado, ou com velocidade máxima de 9 km/h, já com margem de erro para cima. Para o diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, “o inquérito pode ser contestado, as testemunhas podem ser contestadas, mas o laudo científico não pode ser contestado sem base científica”.
Segundo o delegado-geral, não cabe à Polícia Civil relacionar o resultado do laudo com a eleição de domingo próximo. O delegado informou que concluirá o inquérito e informará à Justiça Eleitoral o resultado, cabendo a esta qualquer tipo de punibilidade aos que tentaram induzir o eleitorado ao erro. Para o delegado, após concluído o inquérito, os responsáveis poderão ser indiciados por falsa notificação de crime (Art. 340 do CPB) e formação de quadrilha (Art. 228), além de terem que ressarcir ao Estado as despesas referentes ao inquérito.
Júlio Cesar comunicou à Polícia Civil que no dia 14 de outubro havia sofrido um atentado à bala quando voltava para Parauapebas após uma reunião política na Zona Rural do município. Na noite do fato, apoiadores da campanha de Júlio Cesar deram uma conotação política ao ocorrido, afirmando tratar-se de um crime político. De lá pra cá, o candidato conseguiu visibilidade política e subiu bastante nas pesquisas registradas junto à justiça eleitoral, ficando provado que obteve ganho político com o suposto atentado. Hoje, após a divulgação do laudo, fica provado cientificamente que o suposto atentado não passou de uma armação para ludibriar o eleitor.
O Blog não conseguiu contato com o juiz eleitoral para saber se poderá o candidato ser penalizado pela falsa comunicação de crime.
O Blog acredita ser prematuro que a Justiça eleitoral tome qualquer tipo de ação de natureza penalizatória contra Júlio Cesar antes da conclusão do inquérito que corre na Polícia Civil. Todavia, acredita que a justiça eleitoral está atenta a qualquer tipo de conduta que vise confundir ou ludibriar o eleitorado por parte de qualquer candidato.
[pdfviewer width=”100%” height=”600px” beta=”true/false”]https://www.zedudu.com.br/wp-content/uploads/2020/11/Ld-2020.11.063257.pdf[/pdfviewer]
3 comentários em “Laudo desmente testemunhas e mostra que atentado a Júlio Cesar foi armação”
Pingback: Parauapebas: Júlio Cesar é condenado por tiro fake e está fora da eleição 2022 - ZÉ DUDU
Pingback: Parauapebas: Júlio César é indiciado por falsa comunicação de crime - ZÉ DUDU
Pingback: Perícia confirma relação pouco republicana entre Beliche, Cassio Marques e Júlio Cesar - ZÉ DUDU