Revista DBO: comparar para avançar
Levantamento da consultora mineira Exagro divulgada com exclusividade pela Revista DBO, mostra que a gestão financeira é o item mais frágil.
Por Moacir José
Por que a tecnologia aplicada numa fazenda que tem as mesmas características de outras tantas apresenta resultados extremamente diferentes? Por que num lugar se ganha dinheiro com a pecuária e em outro se perde? Na busca de respostas a essas perguntas – e também vislumbrando aí uma possibilidade de melhorar os seus próprios serviços – é que a consultoria mineira Exagro, de Belo Horizonte, elaborou um sistema de avaliação de resultados que compara, nas mesmas bases, fazendas de universos distintos. É o que se convencionou chamar internacionalmente de "benchmarking".
A compilação dos dados de 200 propriedades – 132 delas dedicadas à pecuária de corte -, espalhadas majoritariamente pelas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste, foi finalizada no início de maio e repassada com exclusividade para a Revista DBO.
Desse universo, 84 fazendas revelam números interessantes, um deles o de que a maioria das propriedades assistidas corrigiu rapidamente as deficiências ligadas a manejo de pastagens e planejamento, vistas pela consultoria mineira como normalmente deficientes. Essas são duas das seis áreas avaliadas em relatório conjunto entre proprietário e consultor e em cujo nível de conformidade está a receita para o sucesso.
O parâmetro principal de medição é o lucro líquido que, de maneira simplificada, a Exagro constatou ser de R$ 127/ha na média das fazendas de corte analisadas.
Teve gente que ganhou menos e gente que ganhou mais. Entre elas, Augusto Urias Cruz, brasiliense que há 21 anos está à frente da Fazenda Ilha Verde, em Curionópolis, próximo a Marabá, sudeste do Pará. Sua fazenda foi a mais lucrativa não só entre as de corte mas também entre todas as 200 avaliadas no Benchmarking Exagro 2010: R$ 404/ha. O segredo do sucesso foi aprimorar a gestão em todas as áreas da fazenda, com destaque justamente para o manejo de pastos.
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