A presidente da organização não governamental Portal Kids, Waltea Ferrão Ribeiro, e o ator e apresentador Luigi Baricelli reivindicaram nesta terça-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Desaparecimentos de Crianças e Adolescentes, a criação de delegacias especializadas na investigação desse tipo de ocorrência.
Para Ribeiro, é necessária a presença de psicólogos e assistentes sociais nas delegacias para as mães se sentirem respeitadas. Há 11 anos a Portal Kids ajuda a localizar crianças desaparecidas por meio do projeto Mães do Brasil. "Ou se constrói uma rede de polícia articulada ou o problema continuará", afirmou.
Ribeiro e Baricelli participaram de audiência pública para apresentar o Projeto Desaparecidos, da Portal Kids, que usa tecnologia de reconhecimento facial e envelhecimento de fotos para identificar pessoas. Embaixador do projeto, Baricelli disse que iniciativas como o mapeamento corporal e o reconhecimento de faces em locais públicos como rodoviárias e aeroportos poderão ajudar na busca.
Outra ação importante, disse o ator, será a divulgação de um manual, produzido pela ONG, para as famílias prevenirem o desaparecimento das crianças. O material será distribuído em grandes eventos, como a festa do Peão Boiadeiro de Barretos (SP), em agosto.
Cadastro Nacional
A relatora da CPI, deputada Andréia Zito (PSDB-RJ), defendeu que os órgãos públicos de todo o País se empenhem em alimentar o cadastro nacional de crianças e adolescentes desaparecidos, previsto na Lei 12127/09. Essas informações são consolidadas em um portal da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência, em parceria com o Ministério da Justiça.
De acordo com a presidente da CPI e autora do projeto que deu origem à Lei 12127/09, deputada Bel Mesquita (PMDB-PA), todas as secretarias estaduais estão sendo treinadas para alimentar o cadastro, que permitirá, por exemplo, o envelhecimento de fotos.
A deputada Emília Fernandes (PT-RS) também ressaltou a importância do cadastro e afirmou que a discussão sobre desaparecimento de crianças deve incorporar profissionais de educação, segurança pública e saúde.
Fonte: Agência Câmara
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