O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Jacundá condenou a 20 anos de prisão o réu Antonio Lula Marques pelos crimes de estupro e homicídio contra vida de sua namorada, Edileuza Ciriano Ribeiro, em 31 de abril de 2016. A condenação foi anunciada após 7 horas de julgamento.
O defensor público José Erickson Ferreira Rodrigues atuou na defesa do indiciado, enquanto o promotor Sávio Ramon trabalhou na acusação. Formado por seis mulheres e um homem, o conselho teve na presidência o juiz Edinaldo Antunes Vieira.
“O conselho de sentença chegou à decisão e cabe ao juiz acatá-la”, disse o magistrado, ao anunciar a pena do acusado. “O réu foi submetido a julgamento pelo egrégio Tribunal do Júri nesta data. Por maioria de votos reconheceu a culpabilidade relativamente ao crime de homicídio qualificado por meio cruel e contra a mulher por razão de sexo feminino praticado contra a vítima Edileuza Ciriano Ribeiro. Pelo segundo crime, de estupro, também o conselho de sentença reconheceu a culpabilidade do acusado”, diz trecho da peça condenatória.
O documento diz ainda que em razão do crime de homicídio consumado, o réu agiu com dolo anormal, pois aproveitando da relação de confiança, a levou para local distante e a matou com golpes de madeira, sendo condenado a 14 anos de reclusão por essa barbárie. Em relação ao crime de estupro, o condenado acumulou mais 6 anos de reclusão, totalizando 20 anos. Restam 17 anos e seis meses para ser cumpridos, pois o mesmo está preso desde à época do crime.
Edileuza permaneceu desaparecida por três dias. Nesse intervalo de tempo, o acusado foi preso pelo crime de furto de um aparelho de som, subtraído da residência da vítima. Com Lula estava também a chave do imóvel. Dois trabalhadores de uma fazenda a 10 quilômetros do centro da cidade de Jacundá encontraram o corpo da mulher, que estava despido, com um cinto em volta do pescoço e com o rosto desfigurado, provavelmente por espancamento por meio de um pedaço de madeira.