Mãe e filho são presos em Jacundá como membros de facções criminosas

Eles agiam no Mato Grosso e os mandados de prisão foram cumpridos junto com outros 92

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Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (8) uma operação para cumprir 94 mandados de prisão preventiva contra membros de facção criminosa instalada em Mato Grosso. No Pará, a polícia cumpriu mandado contra o presidiário Fernando Soares Lacerda e a mãe dele, Juraci Soares Lacerda. A mulher foi presa na residência localizada no município de Jacundá, sudeste do Pará. Fernando, que está custodiado no Centro de Recuperação Regional de Tucuruí, teve o mandado de prisão cumprido na cadeia.

Fernando responde no Pará a processo criminal por crime de associação criminosa. Em abril deste ano, ele foi preso junto com outros quatro homens, no município de Jacundá, após o grupo ter sido flagrado com farto material usado em arrombamento de cofres e um aparelho eletrônico usado como bloqueador de sinais de telecomunicação em agências bancárias.

Fernando e a mãe Juraci são investigados pela Polícia Civil de Mato Grosso acusados de integrar facções criminosos que atuam no Estado. De acordo com a Polícia Civil, a mulher vai ser conduzida ao presídio regional em Marabá, onde ficará à disposição da justiça de Cuiabá, no Mato Grosso. O presidiário irá permanecer no presídio de Tucuruí também à disposição da Justiça mato-grossense.

Investigação

A investigação, iniciada há mais de 15 meses, busca apreender patrimônio e descapitalizar a principal facção criminosa, cujas lideranças estão no maior presídio de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

Segundo a apuração, a organização desenvolveu internamente um próprio sistema de arrecadação financeira, criando assim um grande esquema de movimentação financeira e lavagem de dinheiro, com utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros, parentes de presos, entre outros.

A polícia descobriu três fontes principais de recursos: Mensalidade paga pelos integrantes chamadas de ‘camisa’; Cadastramento e mensalidades pagas por traficantes ou por ponto de venda de droga, conhecidas por ‘biqueiras’; e cobrança de ‘taxa de segurança’ de comércios (extorsão de comerciantes).

Entre as medidas cautelares estão o bloqueio judicial de 80 contas bancárias, sequestro de uma fazenda no município de Salto do Céu, a 383 km de Cuiabá, duas casas e um terreno em Cuiabá, dois caminhões e cinco automóveis.

As ordens judiciais foram deferidas pelo juiz de direito, Marcos Faleiros da Silva, da 7ª Vara Criminal – Vara Especializada do Crime Organizado.