Belém é uma das 60 cidades brasileiras que pagam os maiores salários médios do país para empregos formais. A informação é do Cadastro Central de Empresas (Cempre), organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual a remuneração média na capital do Pará é de R$ 3.483,30, a maior do estado. Entre as 27 capitais brasileiras, Belém ocupa a 11ª colocação e supera a média paga em Belo Horizonte (MG), de R$ 3.391,31, e em Goiânia (GO), de R$ 3.207,01. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Os dados de rendimento médio salarial são utilizados por consultorias que trabalham com potencial de mercado para orientar a abertura de novos negócios pelo país. Cidades adensadas com empregos formais e boas médias salariais largam na frente na atração de empreendimentos comerciais e de serviços, devido ao nicho de consumo embutido nos dados.
No Pará, depois de Belém, a sequência dos nove maiores rendimentos, entre os dez primeiros, é ocupada por municípios em cujo território estão instalados grandes projetos de mineração ou energia. Oriximiná, por exemplo, é sede de uma poderosa indústria extrativa de bauxita e oferece remuneração média de R$ 3.353.02, ligeiramente acima de Canaã dos Carajás, que paga R$ 3.334,45 e possui o maior projeto de mineração erguido essa década no planeta.
Parauapebas, com minério de ferro, paga R$ 2.941,81; Barcarena, com transformação de alumínio, R$ 2.845,72; enquanto Almeirim, com extração de bauxita, remunera em média com R$ 2.751,10. Em Vitória do Xingu, sede do reservatório da Hidrelétrica de Belo Monte, o salário médio é de R$ 2.743,35, mais que em Curionópolis, sede de projeto de minério de ferro, que paga R$ 2.684,72. Marabá, maior produtor de cobre nacional, remunera em média com R$ 2.534,64, enquanto Ourilândia do Norte, que beneficia níquel, paga salários médios de R$ 2.504,36.
Vale destacar que, para chegar às médias, são somados todos os salários de um ano dos trabalhadores com vínculo empregatício formal – inclusive do setor público, como as prefeituras, que possuem regime jurídico próprio. As menores médias são verificadas em Santa Maria do Pará (R$ 1.439,65), Peixe-Boi (R$ 1.391,90), Capitão Poço (R$ 1.374,95), Magalhães Barata (R$ 1.353,69) e Bagre (R$ 1.067,57).