Secretários municipais de Educação, coordenadores pedagógicos, diretores de escolas e dirigentes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e da União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime) reafirmaram, ontem, quinta-feira (9), o compromisso de fortalecer a alfabetização nos municípios paraenses por meio do Programa Mais Alfabetização (PMAlfa), durante o I Encontro Formativo PMAlfa, para formação dos educadores do programa. O evento reuniu 240 profissionais de educação no Campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
“Mais Alfabetização” é um programa do Ministério da Educação, cuja coordenação estadual é feita por representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Undime e Seduc, em parceria com as secretarias municipais de Educação. O programa visa à alfabetização de crianças até o 2º ano do ensino fundamental, em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A presidente da Undime Pará e secretária municipal de Educação em Marituba, Kátia Cristina Santos, disse que os educadores têm de atuar em diferentes “realidades amazônicas”, com seus desafios específicos na área da Educação.
No Pará, o PMAlfa tem como meta atuar nos 144 municípios, com 10.244 turmas, para atender a 428.194 estudantes. De abril até o momento, o Estado contabiliza 8.235 turmas cadastradas, correspondendo a 80,4% do total previsto, beneficiando 298.361 alunos (69,7% do total almejado). O programa envolve escolas estaduais e municipais.
Um fator diferencial do programa é a presença de um assistente de alfabetização (estudantes universitários) auxiliando o professor em sala de aula. No Pará, são previstas 9.642 turmas com assistentes de alfabetização, das quais já funcionam 6.921 (71,8% do total).
Olhar para o aluno
“Em Santarém, o programa está presente em 174 escolas das zonas urbana e rural. Essa formação contribui para se fortalecer o trabalho juntamente com os assistentes nas salas, ou seja, se olhar mais para os alunos, principalmente aqueles com dificuldade de alfabetização”, informou a coordenadora do PMAlfa naquele município, Heloísa Helena Souza.
Após viajar 36 horas de barco do município de Anajás, no Arquipélago do Marajó, para Belém, a fim de participar da formação realizada durante dois dias, a coordenadora do PMAlfa naquela cidade, Aparecida Cordeiro, declarou que quer “contribuir para que as crianças possam ser alfabetizadas e, assim, possam seguir nos estudos”.
“O programa fortalece a alfabetização por dar um suporte maior ao professor em sala”, afirmou Adivanildo Lucena, secretário municipal de Educação de Alenquer (oeste parense) e presidente da Associação dos Municípios da Calha Norte (Amucan).
Mais Alfabetização em Parauapebas
No município, são 41 escolas contempladas com o programa, que já beneficia mais de 7.800 estudantes de 306 turmas de 1° e 2° ciclo do ensino fundamental.
Segundo Edson de Oliveira, coordenador municipal do PMAlfa, o programa vem para apoiar, fortalecer e tornar mais eficiente o processo de alfabetização. Ele, que também participou do encontro, afirma que “a formação contribui para o fortalecimento das ações e estratégias que visam o alcance das metas estabelecidas”.