Um táxi contendo malas cheias de dinheiro foi barrado pela Polícia Militar Rodoviária, na TO-050, saída entre Palmas e Porto Nacional. O caso foi registrado na manhã desta terça-feira (2). A Polícia Militar informou que, em uma abordagem de rotina, os militares fizeram buscas e encontraram as cédulas. As pessoas que estavam no veículo disseram que o valor corresponde a mais de R$ 1 milhão.
Duas pessoas que estavam dentro do veículo foram detidas e levadas para a sede da PF em Palmas, onde devem prestar depoimento. O motorista do táxi também foi levado para a PF, mas liberado no início da tarde.
Um piloto, que aguardava essas pessoas em Palmas, também está na sede PF. Aparentemente, ele não tem envolvimento com o caso.
Segundo a PM, os ocupantes do veículo não souberam precisar a origem do dinheiro. Informações colhidas pelas equipes levam a crer que se trata de crime eleitoral, com envolvimento de políticos dos estados do Pará e Goiás.
“Durante abordagem de rotina, o Batalhão Rodoviário e Divisas abordou um veículo conduzido por um taxista. Durante a abordagem, verificou-se que havia uma grande quantia de dinheiro em espécie sendo transportada pelos passageiros. Após verificação preliminar, como os responsáveis não conseguiram demonstrar a origem ilícita, nós encaminhamos à PF para fazer levantamento, uma vez que verificou-se que poderia haver algum vínculo eleitoral desse recurso”, explicou o major João Pedro, do Batalhão Rodoviário e Divisas.
Segunda apreensão
Em menos de 24 horas, essa foi a segunda apreensão de uma quantia alta em dinheiro. Nesta segunda-feira (1º), a Polícia Civil encontrou R$ 500 mil com Luís Olinto, irmão de deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), em Araguaína. Ele e o sargento da Polícia Militar Edilson Ferreira estavam num carro alugado pela Assembleia Legislativa.
Em um vídeo gravado durante depoimento na Polícia Civil, Luis Olinto disse que o meio milhão era da vó. “Estava na conta da minha vó. Minha vó recebeu, inclusive de herança, meu avô faleceu. Tem os comprovantes todos aqui. Eu iria comprar gado. Eu tinha os intermediários, que são os compradores de gado, mas não sei falar quem são”, disse ele.
Em nota, a assessoria do deputado disse que o irmão dele é advogado e exerce atividades independentes da campanha de Olyntho Neto.
A prisão foi realizada pela Polícia Civil. O delegado Bruno Boaventura informou que uma equipe da cidade recebeu denúncia de extorsão e por isso foi ao banco. A equipe fez um acompanhamento tático do veículo por cerca de três quarteirões até que os policiais fizeram a abordagem.
A Polícia Civil percebeu indícios de crime eleitoral e por isso encaminhou o caso para a Polícia Federal. Eles foram ouvidos pelo delegado Tarcísio Júnior na sede da PF e depois liberados para responder em liberdade.