Ulisses Pompeu – de Marabá
Mais de 23 mil usuários do transporte coletivo urbano em Marabá estão mais uma vez sem o serviço. A cidade amanheceu nesta terça-feira (8) refém de táxis e mototáxi, que aumentaram o preço da corrida em pelo menos 100%. A maioria trabalhadores e estudantes não tem como se deslocar a não ser usando os meios alternativos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul), José Sidney Ferreira da Silva, nem mesmo os 24 ônibus que correspondem a 40% da frota total da Transbrasiliana e da Viação Cidade Nova estão circulando.
Motoristas e cobradores das duas empresas, em greve desde o dia 26 de abril, estacionaram os ônibus em frente a Prefeitura Municipal de Marabá a fim de cobrar uma posição do prefeito Maurino Magalhães de Lima sobre o caso. “Exigimos que a prefeitura se posicione, porque a concessão do serviço é do município”, disse José Sidney Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul).
Os trabalhadores da Transbrasiliana reivindicam o retorno do relógio de ponto na empresa, pois dizem estar sendo lesado porque não recebem pelas horas-extras trabalhadas. Já os rodoviários da Cidade Nova afirmam querer de volta o pagamento do plano de saúde por parte da empresa, assim como exigem que não haja mais atrasos no pagamento dos salários.
Desde o dia 27 de abril, quando a Justiça determinou a circulação de pelo menos 24 veículos – 12 da Transbrasiliana e 12 da Viação Cidade Nova – a vida dos usuários tem sido um transtorno só.
Os poucos coletivos que estavam circulando desde ontem só andavam extremamente lotados, enquanto nos pontos de ônibus os usuários se aglomeravam às dezenas e eram vítimas dos preços acima da tabela cobrados por mototaxistas e por taxistas-lotadores clandestinos. Hoje, com a paralisação total, a situação se agravou mais ainda.
Pontes fechadas
Além da paralisação total dos coletivos, Sidney disse que caso a situação não seja resolvida hoje, amanhã, quarta-feira, os rodoviários em greve pretendem interditar a ponte do Rio Itacaiúnas, que liga os três principais núcleos de Marabá.
No centro comercial da Marabá Pioneira a preocupação é visível entre os empresários, em plena semana que antecede o Dia das Mães, considerada a segunda melhor data para vendas, depois do Natal. A falta de transporte coletivo urbano não só está afastando a clientela quanto causando problemas de frequência em relação aos funcionários.
Usuários chiam
Enquanto os rodoviários protestam e os comerciantes lamentam a falta de clientes. Em uma parada de ônibus lotada, na Marabá Pioneira, a estudante Iêda Brito de Jesus reclama da falta de ônibus e do caos no setor que parece não ter fim. “Já não basta que os ônibus são velhos, vivem quebrando, a gente sai de casa todos os dias e não sabe que horas vai voltar”, reclama.
Até às 8h30, o prefeito Maurino Magalhães não tinha chegado a seu gabinete para informar se vai, ou não, receber uma comissão dos rodoviários para discutir a crise.
1 comentário em “Marabá amanhece sem ônibus e motoristas fazem greve em frente à prefeitura”
Maurino,
demonstre todo o amor que você diz ter por nossa cidade e PEDE PRA SAIR!