Por Ulisses Pompeu de Miranda – Marabá
As vereadoras Vanda Américo (PSD) e Júlia Rosa (PDT), duas das mais experientes vereadoras da Câmara Municipal de Marabá, discutiram em plenário durante a única sessão desta semana, realizada na última quarta-feira, 2.
Em pauta, estava a votação, em secreto, de um veto do prefeito em relação a um projeto que foi enviado pelo Executivo ao Legislativo como se fosse uma cópia de outro, ambos para beneficiar os servidores do DMTU (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano) em relação à equiparação salarial.
Júlia estava à Mesa Diretora, como primeira secretária, enquanto Vanda mantinha-se em seu local e foi chamada para depositar seu voto na urna. Antes, porém, ela começou a queixar-se contra a Mesa Diretora, afirmando que outro projeto de veto do prefeito Maurino em relação ao reajuste de 10% do salário aos cerca de 200 professores readaptados da Secretaria de Educação nunca fora apreciado pela Casa, por culpa dos membros da Mesa.
Nesse momento, Júlia Rosa defendeu-se e disse que a colega estava fazendo acusações genéricas, e que ela não tinha responsabilidade sobre o fato. Daí para frente, foram quase cinco minutos de bate-boca com direito a dedo em riste, até que outro vereador, Miguel Gomes Filho, o Miguelito, interveio e lembrou que o referido veto, do final do ano passado, ainda poderia ser apreciado pelos 13 vereadores. Caso isso não acontecesse, a pauta poderia ser trancada.
Diante disso, e com parecer verbal favorável do procurador jurídico Valdinar Monteiro, ficou acertado que o veto do prefeito ao reajuste que ele mesmo havia concedido durante a aprovação do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) do Magistério será apreciado na sessão da próxima terça-feira, dia 8.
Vanda e Toinha comemoraram e deverão tentar evitar que a votação seja secreta, para que todos saibam o posicionamento dos 13 vereadores. Todavia, elas acreditam que nenhum dos legisladores, mesmo os da base governista, vão votar em ano eleitoral contra um projeto para barrar reajuste de salário para servidores. É esperar para ver no que vai dar.
1 comentário em “Marabá: pauta da Câmara pode ser trancada por veto do prefeito”
Não é a primeira, segunda, terceira e nem a última “discussão” entres os representantes do povo marabaense em plenário…
Parece-me que as coisa por lá estão mais direcionadas para o lado pessoal do que para o bem da coletividade, o que implica dizer que os princípios constiticionais da impessoalidade e da moralidade administrativa estão sendo constantemente ignorados pelos ignorantes (não todos) pensadores legislativo!
Como filho de Marabá fico envergonhado com tal situação, a casa do povo marabaense estar se tornando em uma casa de “disse me disses”.
Os “eminentes” veadores deveriam sim, se reciclarem quanto os direitos: Constitucional, administrativo, tributário e financeiro, suas apreciações quando relacionadas a esses direitos são no mínimo “inicentes”.
Senhores vereadores, acordem Marabá clama por vocês!
Hudson Andrade!