Marabá: Adepará realiza saneamento em fazenda para verificar Anemia Infecciosa Equina

A Agência trabalha com orientações para os produtores, para que haja a prevenção contra a doença, que acomete cavalos, jumentos, burros e mulas. A ação foi realizada em uma fazenda de Marabá

Continua depois da publicidade

Agentes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) realizaram uma ação para fazer coleta de sangue em equídeos em Marabá, no sudeste do Pará, para verificação da Anemia Infecciosa Equina (AIE). Ação sanitária visou testar os animais de uma fazenda, onde um caso foi registrado, para saber há outros equídeos portadores da doença.

A propriedade está interditada para trânsito de animais até à finalização do saneamento. Para a liberação da propriedade, é preciso que dois exames consecutivos constem como negativos.

“A Adepará se dirigiu até à propriedade para realizar os exames porque um animal contaminado passou pelo rancho e criou um vínculo epidemiológico. É uma doença altamente infecciosa e não podemos deixar os animais positivos transitar no estado”, ressaltou Geraldo Teotônio Pereira Jota, gerente regional da Adepará de Marabá.

A propriedade com foco de AIE pode seguir até 60 dias interditada, podendo ter o prazo estendido, se caso uma amostra positivar. As amostras foram colhidas pela Fiscal Estadual Agropecuária (FEA) Raika Dias, que contou com o apoio dos servidores Leandro Sousa e José Cleudo para a contenção dos animais.

O material recolhido será enviado para análise do laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo Raika Dias, que é veterinária, o trabalho tem uma grande importância para a defesa animal no Pará.

Ela destacou que o estado segue as legislações vigentes em instruções normativas e portarias estabelecidas, que contribuem para a erradicação de doenças em equídeos. “Esse trabalho para a defesa animal se dá em duas frentes: preventiva e corretiva, uma que atua antes e durante a ocorrência de um foco, minimizando assim, a proliferação da doença”, explicou a veterinária.

Doença – A Anemia Infecciosa Equina acomete os equídeos (cavalos, jumentos, burros e mulas) de todas as idades. Não há cura para a doença e nem vacinas, por isso há todo um trabalho de prevenção por parte dos órgãos de defesa animal, como a Adepará.

Segundo a Adepará, a transmissão ocorre por meio de picada de mutucas e das moscas dos estábulos; e materiais contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, grosa dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento.

 O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, permanece por toda a vida, mesmo quando não provoca sintomas. Não há tratamento efetivo ou vacina para a doença. O animal infectado torna-se portador permanente da doença, sendo fonte de infecção.

A Agência orienta que todos os produtores façam a prevenção de seus rebanhos. Em caso de suspeita, a notificação deve ser feita no escritório da Agência mais próximo de onde a propriedade está localizada.

Tina DeBord – com informações da Adepará

Foto: Adepará