Por Ulisses Pompeu – de Marabá
A baixa popularidade do Executivo em Marabá respingou também no Legislativo na eleição deste domingo, dia 2 de outubro. Dos 21 eleitos, apenas seis são vereadores da atual legislatura e 15 entram na chamada renovação, que alcançou o alto índice de 71,4%, o maior da história do município que se tem registro.
Um dos fatores mais preocupantes na renovação foi o baixo percentual de mulheres eleitas: apenas três representantes femininas, ou 14,3%. Na última eleição, cinco haviam alcançado vaga no Legislativo.
Para alguns analistas políticos de Marabá, a renovação é o reflexo de a Câmara ter sido passiva em relação ao caos que se abateu sobre a Prefeitura de Marabá no final desta gestão. Além disso, o reajuste do próprio salário em 25% em uma sessão neste segundo semestre também arranhou a imagem de muitos vereadores.
Um fato alheio ao conhecimento de muitas pessoas pode mudar a história da eleição em Marabá. É que o vereador Adelmo Azevedo, o Adelmo do Sindicato, teve seu registro de candidatura impugnado pela Justiça, mas ingressou com recurso, que ainda não foi apreciado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Se ganhar, as cadeiras em seu partido, o PTB, podem ser alteradas e, quem sabe, até mesmo o coeficiente das coligações.
A grande ausência sentida entre os eleitos é da vereadora Vanda Américo (PSDB), que tem seis mandatos consecutivos e ficou de fora da lista dos eleitos, embora tenha alcançado a votação expressiva de 1.158 sufrágios neste domingo. Aliada de primeira hora de Tião Miranda, Vanda deverá receber algum apoio do futuro prefeito, possivelmente numa secretaria municipal.
Os vereadores que conseguiram permanecer na Câmara para a próxima Legislatura são Miguelito, campeão de votos com 2.510; Pedro Correa, segundo colocado com 2.062 votos; Alécio da Palmiteira, com 1.920; Beto Miranda, com 1.805; Ilker Moraes com 1.523 e Irismar Melo com 999 votos.