Marabá: Clima de embate entre servidores e prefeitura

Depois de uma reunião suspensa e sessão da Câmara com muitas críticas, rodada de reuniões deve deliberar sobre o aumento da alíquota previdenciária dos servidores
Servidores públicos municipais fizeram protesto na sede da Câmara Municipal, palco dos debates

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Servidores da Prefeitura de Marabá e a administração municipal estão em pé de guerra, tudo por conta do Projeto de Lei nº 048/2020, que – em consonância com a reforma da previdência do governo federal – aumenta a alíquota de contribuição previdenciária dos trabalhadores, de 11% para 14%. Somente nos dois primeiros dias desta semana já houve dois embates, tendo como palco a Câmara Municipal de Marabá (CMM).

Na segunda-feira (7), a reunião da Comissão de Justiça, Legislação e Redação (CJR), que trataria do assunto, foi adiada. O anúncio do adiamento foi feito quando dezenas de servidores protestavam com faixas e cartazes na sede do Legislativo Municipal.

O outro round da luta aconteceu nesta terça-feira (8), durante sessão ordinária da CMM, ocasião em que representantes dos trabalhadores fizeram uso da palavra para questionar o posicionamento da prefeitura.

Joice Rebelo, coordenadora local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), deixou claro que os trabalhadores sabem que a reforma terá de ser feita, mas ela questiona o aumento abrupto e diz que isso poderia ser feito de forma escalonada. Além disso, a coordenadora defende também uma política imediata de reajuste do salário dos servidores, que, segundo ela, amargam prejuízo de 27% nos últimos cinco anos.

Ao fazer uso da palavra, o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito (PDT), presidente da CJR, sugeriu a realização de reunião extraordinária com os representantes sindicais, com o próprio prefeito Tião Miranda e representantes do Instituto Previdenciário dos Servidores Públicos Municipais de Marabá (Ipasemar).