O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de janeiro de 2022 foi de 0,47% em Marabá. Os itens escolares, com variação de 8,13%, foram fundamentais para esse aumento. Os dados são do Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (LAINC), órgão da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
De acordo com os números consolidados do laboratório, esse aumento nos itens ligados à Educação se deve ao fato de que as aulas se iniciaram na maioria das escolas municipais, estaduais e na rede particular. “Com isso ocorreu aumento na demanda de consumo de artigos escolares, condição que pressionou os preços locais, e que por conta disso, o grupo fecha uma expansão de 8,13%”, diz o relatório, que é assinado pelo professor José Stenio Gonzaga de Souza, coordenador do LAINC.
Mas existe outro setor que fez pesar o bolso do marabaense no primeiro mês do ano: de acordo com o estudo, um grupo com grande impacto foi o de alimentação e bebidas, com a variação de 1,37%. É importante salientar que, embora a variação tenha sido menor do que a dos itens escolares, a alimentação/bebida possui maior peso na cesta de consumo.
Além disso, o aluguel residencial em Marabá teve também um aumento significativo, variando de R$ 639,90 em dezembro de 2021 para R$ 740,90 em janeiro de 2022. Isso representa um aumento de 15,93%.
Os mocinhos da inflação
Por outro lado, os itens que registraram queda de preços em janeiro foram conserto de automóveis, cimento para construção, energia elétrica residencial e automóvel de passeio nacional. Também estão nessa lista o leite em pó e, por incrível que pareça, a gasolina.
Outros produtos que apresentaram redução de preço em janeiro foram a carne moída de primeira e também móveis e eletrodomésticos, como sofá, geladeira e aparelho televisor. De acordo com o LAINC, eles foram responsáveis pelo IPCA de Marabá (com 0,47%) ficar abaixo do IPCA Nacional – índice que mede a inflação oficial do país –, que foi de 0,54%.
Metodologia do LAINC
Segundo o LAINC, o IPC de Marabá está desenhado no sentido de revelar o comportamento dos preços de uma cesta de consumo com 151 itens reunidos em nove grupos de despesas, conforme metodologia do IBGE. Os nove itens são Alimentação e bebidas; Habitação; Artigo de residência; Vestuário; Transportes; Saúde e cuidados pessoais; Despesas pessoais; Educação e Comunicação. Cada item contribui com determinado percentual dentro da renda familiar.
Desde o ano de 2016, o LAINC assumiu a responsabilidade de gerar conhecimento no sentido de medição da inflação, além do Custo da Cesta Básica de Consumo Familiar, na expectativa de contribuir com o chefe de família no que diz respeito à gestão do orçamento familiar.