Marabá: crianças entram em avião e sonham em voar no futuro

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Por Ulisses Pompeu – de Marabá

Um grupo de mais de 30 meninos e meninas que participaram de um projeto educativo em Marabá comemoraram o Dia das Crianças de forma diferente. Elas foram levadas a conhecer as instalações do Aeroporto João Correa da Rocha, em Marabá, nesta terça-feira, dia 11. Na ocasião, os visitantes puderam entrar em uma aeronave, conhecer o quartel do Corpo de Bombeiros dentro da área de aviação e, de quebra, ganharam lanche.

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De acordo com o superintendente da Infraero em Marabá, Enock Alves Gama Filho, a autarquia promove ações em datas comemorativas para a comunidade local em vários aeroportos do país. “Nós utilizamos essas datas para relembrar um pouco de educação ambiental, mostrando o quanto o lixo é prejudicial para a cidade e pode colocar em risco as operações de voo, caso lixões se instalem perto da cabeceira da pista”, esclareceu.

As crianças foram recepcionadas no auditório da Infraero, onde assistiram palestras e receberam instruções sobre as operações na área. Segundo Enock, iniciativas como estas são importantes para as crianças marabaenses. “Para mostrar que o aeroporto é uma estrutura que deve ser preservada, porque faz parte do município, serve para a segurança e para quem mora aqui ter um meio de transporte mais moderno”, observou, lembrando que, na ocasião, as crianças tiveram acesso a uma das aeronaves em solo, experiência pela qual a maioria delas ainda não havia passado.

Após o tour, Samuel de Araújo Ribeiro, de apenas 11 anos, ficou encantado com toda a estrutura do lugar. Ele teve a oportunidade de entrar em uma das viaturas do CB e ainda ver como funciona. “Foi muito bom, porque eu nunca conheci os aviões e nem o Corpo de Bombeiros. Nunca tinha visto nada disso de perto, foi uma surpresa para a gente”, contou.

Futuro Melhor

A iniciativa Futuro Melhor já acumula 13 anos de atividade e trabalha com crianças carentes de Marabá. O projeto foi fundado por Maria das Graças Gomes Sousa, que após passar por um período de coma, decidiu trabalhar com jovens da cidade. “Hoje, estou com 280 crianças. A crise tentou nos barrar, mas eu não desisti”, conta.

No projeto, as crianças de 6 a 18 anos têm acesso a vários cursos, como de informática, música, dança, artesanato, artes marciais, balé e reforço escolar. “Todos elas são carentes, estudam em colégios públicos e nós só complementamos a formação deles. São crianças, que às vezes, não têm nem a primeira refeição do dia. E eu faço sempre visita na casa desses jovens para ver a convivência com a família”, contou.