Diferentemente da realidade de Parauapebas, Marabá, que apareceu com 830 demissões nos números finais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2018, encerrou aquele ano com saldo expressivo de empregos: 831 novos trabalhadores adicionados, mais até que Parauapebas. Hoje, Marabá é um dos municípios brasileiros de interior com economia mais sólida, já que consegue conciliar crescimento da produção de riquezas, aumento da arrecadação e elevação substancial de empregos formais.
A situação atual é tão favorável a Marabá que, de 2017 para 2018, o rendimento médio do trabalhador aumentou três vezes mais que o crescimento registrado em Parauapebas. O desafio do município é seguir crescendo às próprias expensas e ser cada vez mais atrativo para novos negócios, uma vez que os grandes investimentos programados para o sudeste do estado na próxima década ou tem Marabá como ponto de partida, ou como centro de apoio, como nova ponte rodoferroviária, uma possível siderúrgica, a reativação de polo guseiro, o derrocamento de pedrais no Rio Tocantins, uma hidrovia, uma hidrelétrica, entre outros.
Segundo os números finais da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) lançados no final do mês passado pelo Ministério da Economia, os municípios que mais ampliaram a massa trabalhadora de 2017 para 2018, em totais absolutos de contratações, foram Belém (11.054), Barcarena (4.390), Juruti (1.804), Castanhal (1.157), Marabá (831), Altamira (820), Breves (796), Parauapebas (757), Irituia (630) e Augusto Correa (613).
Já Marituba, ao lado de Belém, foi o campeão em retração de mão de obra, com a perda de 3.086 trabalhadores do estoque. Em seguida, vêm os municípios de Tomé-Açu (-1.993), Paragominas (-1.428), Tucuruí (-1.426), Abaetetuba (-1.032), Oriximiná (-898), Óbidos (-779), Jacareacanga (-602), Moju (-588) e Cametá (-477).