Nesta segunda-feira (9), a Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM) reuniu a Imprensa para falar sobre o trabalho da entidade diante dos grandes empreendimentos que estão sendo projetados para o município para os próximos quatro anos. Segundo o presidente da associação, João Tatagiba, estão previstos mais de R$ 8 bilhões no quadriênio e o grande desafio da ACIM é inserir fornecedores e mão de obra locais nesse contexto de investimentos.
Entre as principais obras previstas está a continuação da construção das duas pontes (uma ferroviária e outra rodoviária) no Rio Tocantins, cujo processo foi dividido em 12 etapas. A segunda fase, que se inicia até fevereiro, é a maior de todas e deve consumir R$ 1 bilhão, dos R$ 4,1 bi totais do empreendimento da Vale. Só neste pacote devem ser gerados 1,5 mil empregos, segundo Tatagiba.
Outras obras importantes que estão em andamento é o projeto TecnoHead, também da mineradora, que visa produzir gusa a partir de insumo sustentável para substituir o carvão vegetal. Ano passado foi feita a terraplanagem, este ano será a etapa de construção civil, e em 2024 se inicia a montagem da planta propriamente dita. De acordo com João Tatagiba, o investimento deve atingir R$ 1,6 bilhão e mais de mil empregos.
Além disso, está em andamento também a nova siderúrgica da Sinobras, que vai produzir gusa líquido para geração do chamado “tarugo”, barra de aço a partir da qual é feito o aço plano e o aço longo, que dá origem a vergalhões e outros produtos acabados. Embora pondere que não há uma confirmação do montante investido nessa fábrica, o presidente da ACIM diz acreditar que este empreendimento também esteja na casa de R$ 1,5 bi.
“Junto aos empreendedores, nós já estamos desde o início do ano passado fazendo algumas tratativas para que a gente consiga internalizar ao máximo as compras e o nível de empregabilidade. Nós consideramos que estamos estabelecendo junto com esses investidores um divisor de águas para Marabá, para que a gente consiga trazer realmente o desenvolvimento. O que quer dizer isso? Comprar mais de Marabá, empregar mais de Marabá,” explica João Tatagiba, ao informar que parcerias estão sendo construídas para qualificar melhor a mão de obra local.