Por Ulisses Pompeu – de Marabá
No final da tarde desta quarta-feira, 2, a Polícia Civil, através da DRCO (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), apresentou três acusados de participarem do mega assalto à sede da Prosegur em Marabá, ocorrido há cerca de dois meses. Os delegados Tiago Beliene e Evandro Araújo, da DRCO, mais o superintendente Marcelo Delgado, revelaram que há provas nos autos da participação do trio no assalto.
Leonardo Freire de Souza, Leilane Barbosa Sales e Gilvan Pereira da Silva foram levados para a sede da Superintendência de Polícia Civil do Sudeste, em Marabá, para prestarem depoimento aos delegados da DRCO. Nenhum deles quis falar com a Imprensa, o que foi confirmado pelo advogado Carlos Guiotti.
O delegado Tiago Beliene informou que Leilane e Leonardo são casados e foram presos em uma área de invasão rural, em uma estrada vicinal a 28 km da Vila Sororó. Com eles não foram encontradas armas nem dinheiro. “Se ficaram com dinheiro, devem ter enterrado em algum lugar seguro para eles”, avalia o Beliene, salientando que ambos participaram diretamente do assalto à sede da Prosegur.
Leonardo é oriundo do Maranhão e não tinha passagem pela Polícia Civil. Gilvan Pereira é rabeteiro e foi preso na Folha 27, Nova Marabá, acusado de ter pilotado a lancha que transportou o bando de uma margem à outra do Rio Tocantins, contribuindo com a fuga. Ele, segundo a DRCO, já tinha duas passagens pela polícia. Os três foram ouvidos, encaminhados ao CRAMA e colocados à disposição da Justiça. Com eles, já são cinco acusados do assalto presos pela Polícia cerca de 60 dias após o crime que abalou Marabá.
Na última semana, informou o delegado Evandro Araújo, uma investigação em conjunto com policiais civis de outros estados apontou que algumas armas usadas no assalto em Marabá estavam saindo de Parauapebas para São Paulo, escondidas em um caminhão. O veículo foi interceptado em Goiás, no momento em que parou para abastecer. Nele, estavam quatro fuzis, metralhadoras e pistolas usadas no assalto de 5 de setembro em Marabá.
O delegado Marcelo Delgado disse que desde 5 de setembro a Polícia Civil vem dando continuidade às investigações do rumoroso assalto à Prosegur. “A DRCO e a Superintendência de Polícia Civil têm trabalhado incansavelmente. Embora não apareça, o trabalho está sendo feito e temos respaldo para continuar em campo para prender outros integrantes deste assalto. As provas da ligação dessas três pessoas estão nos autos e não podem, ainda, serem divulgadas”, informou o superintendente de Polícia Civil.