Aproximadamente 130 mil novos paraenses vieram à luz em 2018, o que torna o Pará, atualmente, o 8º estado brasileiro em número de nascimentos, superando o Ceará em quase 200 bebês. A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou os números da pesquisa “Estatísticas do Registro Civil 2018” divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números de nascimento dão o tom de como será o aumento populacional registrado pelo instituto por ocasião do censo de 2020.
O estudo investiga registros de nascimentos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, bem como os divórcios declarados pelas varas de família, foros, varas cíveis e tabelionatos de notas do país. Nas contas do IBGE, São Paulo é o estado brasileiro com o maior número de nascimentos anualmente, cerca de 605,5 mil. Já Roraima, com 11,3 mil, tem o menor exército de recém-nascidos.
No Pará, Belém lidera com folga o número de nascimentos (18.525, 12º no Brasil), seguido por Ananindeua (6.342, 52º), Santarém (5.821, 61º), Marabá (4.657, 81º) e Parauapebas (4.467, 91º). Mas são esses dois últimos que, na realidade, assistiram ao crescimento do número de nascimentos de um ano para outro em valores absolutos. O Blog calculou que enquanto Belém diminuiu em 822 o número de nascimentos de 2017 para 2018, Marabá aumentou em 153 e Parauapebas, 112. Ananindeua, com 435 nascimentos a menos, e Santarém, com baixa de 428, acompanharam a capital na queda estatística.
Outros municípios que embarcaram na onda de Marabá e Parauapebas foram Capitão Poço (que viu nascer 126 cidadãos a mais de um ano para outro, inclusive volume maior que Parauapebas) e Novo Repartimento (104). Uma das grandes surpresas é a retomada do crescimento populacional de Eldorado do Carajás, que passou de 452 para 519 nascimentos, incremento de 67 em um ano. Eldorado vinha, há muito tempo, estagnado.
Mortandade
O Blog do Zé Dudu também investigou o número de mortes nos municípios paraenses em 2018. Belém lidera o ranking absoluto com 8.110 óbitos. Atrás da capital vêm Ananindeua (1.732), Santarém (1.546), Marabá (994), Castanhal (934), Abaetetuba (767), Bragança (653), Parauapebas (619), Altamira (516) e Itaituba (469).
De um ano para outro, Marabá foi o lugar do estado que apresentou a maior queda: 79 óbitos a menos. Embora o IBGE não especifique, essa baixa nos números em Marabá pode ter a ver com a melhoria dos serviços de saúde em nível local, notadamente em prevenção a doenças e assistência hospitalar e ambulatorial, o que pode ter ajudado a frear os óbitos, que passaram de mil em 2017.
Em termos de redução no número de mortes, Marabá é seguido por Abaetetuba (59), Altamira (49), Itaituba (44), Cametá (40) e Redenção (37). Na outra ponta, Marituba apresentou o maior aumento absoluto nos óbitos de um ano para outro: 78. Depois do município metropolitano vêm Breu Branco (53), Bragança (43), Paragominas (40) e Pacajá (34).
Do ponto de vista analítico, os municípios paraenses têm volume de óbitos consideravelmente inferior aos de mesmo porte populacional das demais regiões. Na prática, muito embora as cidades paraenses estejam entre as piores do país em qualidade de vida, ainda é possível viver bem, muito e mais por aqui.