Por Eleutério Gomes – de Marabá
Alunos, professores, pais, responsáveis e a direção da Escola Estadual de Ensino Médio “Gaspar Vianna”, em Marabá, mantiveram reunião na manhã desta quinta-feira (21) para tratar da situação do Ensino Integral, implantado este ano naquele estabelecimento e em três outros da cidade. Os estudantes e seus responsáveis, assim como seis professores em greve afirmam que a escola ainda não tem condições de manter esse regime.
Fernando Ferreira Santiago, diretor da escola, disse ao Blog que ainda estão havendo adequações, preparação de projetos, processos de licitação, em meio a mudanças que levam algum tempo para acontecer. Ele afirmou que a mobilização dos estudantes hoje teve o apoio de professores que estão em greve e se uniram aos alunos por considerarem que morosidade do Estado atrapalha rendimento. A escola mantém 800 alunos nos três turnos, mais 180 em estabelecimento anexo.
“Não atrapalha, porque as adequações já haviam sido esclarecidas, o Estado tem feito webconferências para nos deixar informados do passo a passo desse processo. Está tudo caminhando, a compra da merenda está sendo feita, tudo está em andamento”, afirmou o diretor.
Também ouvido, o professor Marcos Antônio Leal, um dos seis em greve, diz que a luta da categoria é para que o Estado pague o piso nacional, reajustado em 2015, de R$ 1.972,62 para R$ 2.298,80, mas que nunca chegou aos contracheques dos professores do Pará.
“A nossa luta também é pela reforma das escolas do Pará, todas estão em estado calamitoso, aqui mesmo, na Gaspar Vianna, não há condições de funcionar com o Ensino Regular, imagine com Ensino Integral. Os banheiros estão em situação precária, na cozinha faltam pratos e talheres, o refeitório não é adequado, os laboratórios de Física e Química e de Informática, além da biblioteca estão fechados e faltam funcionários e monitores”, relata Marcos Antônio.
A aluna Liandra Coelho, do primeiro ano do Ensino Médio, endossou e reforçou as palavras do professor e disse que a escola “está muito precária”. “Aqui nada funciona, não temos a mínima estrutura. Nós, alunos, já enviamos até documento ao Ministério Público do Estado relatando essa situação, aqui faltam até pratos e colheres”, afirmou.
Ouvida pelo telefone, a diretora da 4ª URE (Unidade Regional de Educação), da Secretaria de Estado de Educação, disse que tanto a Gaspar Vianna, quanto a Liberdade, a Plínio Pinheiro e a Gabriel Pimenta estão passando por adequações, adaptações e melhorias nas suas instalações para que, em 2018, possam funcionar efetivamente como Escolas de Ensino Integral.
Ela afirmou que, mesmo assim, em meio período, as primeiras turmas já estudam nesse regime, entrando às 7h30 e saindo a meio-dia: “Estamos passando por adaptações, esse projeto de Ensino Integral é do governo federal. Nas outras três escolas, onde não há essa revolução, o regime já é de Ensino Integral e, em todas, os professores já estão, inclusive, ganhado as 40 horas do Ensino Integral”.
1 comentário em “Marabá: Ensino em tempo integral vira polêmica e provoca reunião em escola”
Isso é uma vergonha! Um diretor que não tem um mínimo de sensibilidade e humanidade, esse colégio é um verdadeiro moquilo! Não tem nem merenda escolar para os alunos, as merendeiras fazem é ameaças os alunos, fazem um pingo de merenada, não tem pra todos os alunos, o ministério público tinha que fazer batidas periódicas com a polícia federal nessas escolas que faltam merenda, tem que fazer igual fizeram em Porto alegre, investigar se estão desviando a merenda escolar. Colégio sem as mínimas condições de tempo integral, nunção tem merenda para todas as turmas, banheiros péssimos, salas sem o mínimo de ventilação, sem ar, tudo quebrado e o diretor querendo fazer bonito, deveriam ter verganha na cara e apoiar os professores e alunos nessa causa. Bando de DAS do estado pra nada. Vergonha Nacional!