Marabá: Exposição organizada por alunos e professores da Unifesspa mostra a dinâmica da Feira da Folha 28

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

Começou na manhã deste sábado (20) e segue até amanhã, domingo (21) exposição que retrata a vida dos feirantes da Folha 28, na Nova Marabá, sob o ponto de vista das várias áreas do conhecimento. A mostra fotográfica é de autoria de professores e acadêmicos da Faculdade de Educação no Campo, da Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) e tem na coordenação a professora Rita de Cássia Pereira da Costa. “O objetivo da exposição é fazer uma devolutiva para a Feira da 28, a partir de trabalhos realizados por turmas, a partir de 2015, 2016, que envolveram uma atividade chamada Etnociências”, definiu ela.

As Etnociências, de acordo com Rita de Cássia, buscam um diálogo com saberes e práticas, fazendo uma articulação entre os diferentes campos do conhecimento, para entender a relação homem-natureza, na dinâmica social e cultural, na relação do ponto de vista biológico, ecológico etem relação com essas culturas, com as suas práticas.

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“Então, a gente viu que o espaço da feira é dinâmico, reúne questões políticas, sociais, da organização e também da diversidade biológica, das espécies frutíferas, medicinais e das experiências e histórias que contam desde o processo de espaço e construção da feira”, afirma ela.

A turma de cerca de 70 alunos e professores de diferentes áreas do conhecimento passaram a semana toda trabalhando temas e abordagens. Os depoimentos foram colhidos por turmas anteriores, as quais tiveram boa receptividade por parte dos feirantes, que apontaram situações, contaram histórias da feira e histórias de vida e apontaram as carências do local.

Para Marinho Silva, presidente da Associação dos Feirantes, esse trabalho da Unifesspa é muito importante para que as pessoas conheçam o dia a dia do feirante. “Mostra a importância da feira, eu fico muito satisfeito”, disse ele.

A Feira da Folha 28, também conhecida como Ferinha da 28 conta 180 feirantes, que recolhem mensalmente um valor para a associação. Segundo Marinho, esse dinheiro é investido na manutenção da infraestrutura daquele local de comercialização, incluindo consertos nas redes elétrica e hidráulica.

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Ele conta, ainda que os recursos muitas vezes também atendem necessidades dos próprios feirantes, como aquisição de enxovais para gestantes e bebês, atendimento de receitas médicas, compra de passagens intermunicipais e interestaduais e para alguma outra emergência.