O técnico em radiologia, Valdicleison Lopes de Oliveira, de 31 anos, morreu na noite de sábado (22), quando a pequena embarcação em que ele estava (chamada de rabeta e voadeira) foi atingida por uma moto aquática. O acidente aconteceu no Rio Tocantins, entre a Praia do Tucunaré e a Colônia Z-30. “Cleison”, como era conhecido, sofreu dois impactos: primeiro a moto aquática bateu nele e o jogou de cabeça contra o assoalho da própria “voadeira” que ele pilotava, causando-lhe uma fratura craniana fatal.
Vale dizer que, pelas Normas da Autoridade Marítima para Embarcações (Normam), as motos aquáticas – o famoso jet-ski – são proibidas de circular à noite. Mas Marabá, neste veraneio, não conta com fiscalização da Capitania dos Portos. Aliás, uma fiscalização poderia ter evitado a tragédia.
O que mais deixa a família revoltada é o fato de que o piloto da moto aquática fugiu sem prestar socorro às pessoas que estavam na embarcação e que foram atingidas por ele. Diante de tudo isso, Valmir Oliveira, irmão da vítima, cobra que as providências sejam tomadas, até porque o condutor do jet-ski, possivelmente, estava embriagado.
Ainda de acordo com o irmão de Valdicleison, eles tomaram todas as precauções para navegar à noite, mas o condutor da moto aquática não respeitou nada disso. “A gente estava sinalizado, o piloto da voadeira, meu irmão, estava com uma lâmpada na cabeça, o barco estava sinalizado, a gente estava com os celulares tudo aceso”, relata.
De acordo com o delegado Vinícius Cardoso, da Polícia Civil, desde a noite de sábado e durante todo o domingo, as investigações não pararam e os primeiros resultados já foram obtidos. “Nos logramos êxito de identificar um veículo que, ao que tudo indica, estava envolvo nesta morte”, afirma o delegado.
Ainda segundo informou o delegado, a moto aquática suspeita foi periciada e o próximo passo será identificar o condutor para que ele responda a processos por homicídio culposo e omissão de socorro.