O mês de junho chegou e com ele toda a alegria do São João. Após dois anos sem Festejo Junino, por causa da pandemia, a volta do evento tem movimentado as quadrilhas, bois-bumbás, entusiastas e comerciantes. Pessoas do comércio de Marabá, que vendem produtos relacionados à cultura junina, relataram aumento das vendas e altas expectativas.
Edna Pereira, proprietária de uma loja de artigos juninos infantis, localizada na Avenida Getúlio Vargas, Marabá Pioneira, conta que em seu estabelecimento as vendas cresceram 90%. “Batemos recorde de vendas depois desses dois anos parados. Este ano a gente se surpreendeu. A gente começou a pedir as mercadorias no mês de maio e esgotou em duas semanas”, comemora.
Entre os produtos mais vendidos na loja estão vestidos juninos para e acessórios para cabelo e cabeça. Ela conta que a expectativa é de que as vendas continuem em alta durante todo o mês. “Acho que daqui pro final de período vai faltar mercadoria. Não conseguimos pedir mais porque o fornecedor não está dando conta de fazer devido à demanda”, comenta a empresária.
Em uma grande loja de tecidos da cidade, localizada na Avenida Antônio Maia, o crescimento das vendas no período foi de 60%. “Nós achávamos que não teria festa junina. Mas teve e tem muita gente procurando, grupos juninos, escolas. Muita gente investindo agora no festejo. Nos programamos para algo pequeno por causa do ano passado. Mas este ano a procura está grande e tem produto novo chegando”, comenta o vendedor Genilton Carlos.
Ele conta também que irá prestigiar seus clientes. “Eu adoro o festejo junino, não danço, mas com certeza irei assistir as juninas e prestigiar essa grande festa da cidade e claro nossos clientes”, brinca.
O vendedor Lázaro Vieira, de outra loja de roupas da Marabá Pioneira comenta que os produtos tradicionais são muito procurados, mas o consumidor marabaense está exigente. “A loja compra, procura os melhores looks, muda a decoração. A procura está alta, mas o público está exigente, sempre querendo algo diferente. Mas o que mais vende acaba sendo o xadrez e alguns modelos de calças”, comenta.
Wagner Guedes, coordenador do Boi-Bumbá Treme Terra, está percorrendo a cidade atrás dos materiais necessários para as 105 fantasias que seu grupo usará na apresentação do festejo. “Expectativa boa demais depois de 2 anos sem dançar e brincar. Este ano está todo mundo vindo com garra pra fazer bonito. O figurino está indo bem, mas com algumas dificuldades. Por causa da pandemia os fornecedores não pediram o suficiente em quantia e estamos correndo atrás para fazer o melhor para o público”, conta.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), João Tatagiba, ressalta que a chegada do verão também deve impactar nas vendas. “Esse festejo tem um diferencial por ser o primeiro pós-pandemia e um diferencial também na sazonalidade da nossa região, que entra agora no período de sol, de verão já contemplado neste mês de junho. Sentimos uma melhora substancial embora desejássemos mais. Aqui na Acim já iniciamos as campanhas do comércio, fizemos o Saldão e logo faremos o Liquida Geral, para fomentar mais o comércio”, explica.
Ele comenta que o efeito no turismo também deve beneficiar comerciantes. “Marabá também absorve o turismo de negócios, de municípios que vêm curtir o festejo e que precisam de Marabá, necessitam desse apoio. Isso fomenta o comércio local, podemos oferecer algo a mais que os municípios vizinhos tendo em vista que Marabá é um polo regional”, destaca.
(Fonte: Ascom Prefeitura de Marabá. Imagem: Aline Nascimento)