Uma semana após a execução dos jovens Carlos Henrique Santos da Silva, 24 anos, Murilo Gabriel de Oliveira Batista,19, e Hudson de Jesus Barros, 16 anos, no Bairro São Félix 2, em Marabá, outra matança aconteceu na noite desta quinta-feira (21), no mesmo bairro, agora no Residencial Magalhães 2. Desta vez, as vítimas foram Wesley Pageú do Carmo, de 31 anos, Darley da Silva Soares, o Loirinho, e Kécia Conceição Reis, todos atingidos na cabeça e outras partes do corpo.
Duas meninas, Yasmin Pricila dos Santos Gomes, de sete anos, e Safira Souza Santos,11 anos, saíram feridas e foram socorridas e não correm risco de morte.
Segundo relatado por testemunhas, os executores foram dois pistoleiros encapuzados e, para que não houvesse possibilidade de fuga, um entrou pela porta dos fundos e outro pela frente. Eles já entraram atirando. Uma pessoa que estava em um dos quartos saiu ilesa e disse só ter ouvido os estampidos.
Os matadores chegaram a pé e fugiram da mesma forma, se embrenhando no mato após o triplo homicídio que, ao que tudo indica, é mais um trágico capítulo da guerra entre facções que há muito vem acontecendo não só em Marabá, mas em outras cidades da região.
(Eleuterio Gomes, de Marabá)
1 comentário em “Marabá: Guerra entre facções deixa mais três mortos e duas crianças feridos em chacina”
Infelizmente, a cada dia que passa, proliferam-se atividades de facções ligadas sobretudo ao tráfico de drogas, contrabando, roubo de cargas e outras atividades criminosas, levando medo e insegurança à população, que acaba se tornando refém da ação dessas organizações que atuam em todo o país.
O fato é que, seja no Pará, Rio de Janeiro, São Paulo ou em qualquer outro estado, o aumento das atividades das facções criminosas em geral resulta sobretudo da falta de leis penais mais duras e inflexíveis, bem como de maiores investimentos no fortalecimento e ampliação da estrutura e gestão do sistema penitenciário brasileiro como um todo.
Muitos dos delinquentes membros de facções criminosas são bandidos reincidentes e insuscetíveis de ressocialização. Praticam os mais diversos e hediondos tipos de crime, são detidos, julgados e presos, passam uma “temporada” no presídio, comendo, bebendo e vivendo às nossas custas. Após cumprirem uma parte da pena, progridem de regime e pouco tempo depois são liberados e voltam às ruas para novamente matar, roubar, traficar até serem presos de novo, e o ciclo se repete. Fazem da cadeia uma colônia de férias !!
Num país como o nosso, onde é cada vez mais intensa e generalizada a violência consequente da atuação de facções criminosas, já passou da hora de exigirmos do Congresso Nacional penas mais severas para membros dessas facções, sobretudo para os envolvidos com o tráfico ilícito de drogas e o comércio ilegal de armas de fogo.