Apesar do período de isolamento estar registrando números mais baixos de roubos, furtos e outras violências no sudeste do Pará, com destaque para a redução dos casos de homicídio, nada menos de 33 corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá nos 30 dias do mês de abril. Mas isso não é tudo. Neste início de maio, o número aumentou proporcionalmente. Até ontem (12), nada menos de 21 cadáveres deram entrada no IML.
Se em abril, a média foi de praticamente uma morte violenta por dia, agora em maio esse número é de quase dois casos diários. Além de homicídio, são consideradas mortes violentas os casos de suicídio, acidentes (principalmente de transito) e afogamentos.
Marabá registrou seis assassinatos em abril, sendo quatro dentro da cidade e dois na zona rural, neste mês de maio já foram quatro assassinatos em Marabá, todos dentro da cidade. Chama atenção a situação da Folha 33, periferia da Nova Marabá, palco de um homicídio na última segunda-feira (11), tendo como vítima Gustavo Daniel dos Santos, de 30 anos.
Daniel foi morto nos arredores da praça do bairro, mesmo local onde uma semana antes aconteceu um tiroteio que deixou os moradores da área assustados. Mas naquela ocasião não foi registrado nenhum assassinato, muito menos pessoas feridas.
O problema não se localiza apenas em Marabá. Municípios menores que ficam perto de Marabá e são atendidos pelo IML local também tem se destacado no ranking da morte. É o caso de Itupiranga e Jacundá, que juntos representam cerca de 50% das mortes violentas registradas no IML de Marabá, a maioria delas assassinato.
Para que o leitor tenha noção do quão grandes sãos os números, o IML de Marabá, é responsável por cerca de 12 municípios apenas, atuando até Palestina do Pará e São Geraldo do Araguaia até Itupiranga e até Jacundá. Não passam pelo IML local corpos de Parauapebas e região e tampouco de Tucuruí e outros municípios do entorno do Lago.