Assim como Parauapebas, Marabá também está se preparando para os procedimentos comuns no período chuvoso e de enchentes dos rios Tocantins e Itacaiúnas. O objetivo é ter logística preparada para se antecipar ou atender as ocorrências que vierem a surgir no chamado inverno Amazônico, quando as chuvas são mais intensas e também ocorrem as enchentes em maior ou menor escala dos rios.
Na última terça-feira (24), a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMDEC) apresentou aos órgãos envolvidos nas ações emergenciais aos desastres naturais o seu Plano de Contingência para 2021, estabelecendo os procedimentos a serem adotados em caso de cheia dos rios. O plano tem como principal objetivo a padronização, a partir da adesão dos órgãos signatários, as medidas relacionados ao monitoramento, alerta, alarme e resposta, incluindo as ações de socorro, ajuda humanitária e reabilitação de cenários, visando reduzir os danos e prejuízos decorrentes desses desastres.
O coordenador da Condec, Jairo Milhomem, explica que o plano foi metodologicamente elaborado para uso prático, facilitando a coleta e a busca de informações, inclusive listando os principais organismos responsáveis por cada situação (instalação de abrigos, ajuda humanitária, saúde, coleta de lixo, etc). Ele detalhar que, primeiramente é feita a coleta de informações de áreas com recorrência de desastres ou locais com alta suscetibilidade a essas ocorrências, denominadas “áreas de atenção”, onde são pontuadas e caracterizadas de acordo com a sua infraestrutura, ocupação e população.
Ele observa que cada área de atenção se refere a uma localidade especifica. A ideologia do plano é que, cadastradas todas as “áreas de atenção” do município, seja possível, quando em um alerta meteorológico, poder priorizar, através da análise das informações de cada área, qual localidade terá intervenção prioritária.
Por exemplo, ontem (25), com ajuda dos bombeiros civis, que atuam como voluntários, uma equipe da COMDEC visitou a área baixa do Bairro Amapá, no Núcleo Cidade Nova, com o objetivo de saber o quantitativo de famílias que poderão ser desabrigadas, quais vão para abrigo público, casa de familiares ou amigos, para definir, o mais exato possível, o número de abrigos a serem ativados.
De acordo com Jaime, o plano aponta também o cadastro de abrigos, por meio do qual se busca identificar o local físico e a possibilidade de abrigar famílias vítimas de desastres, de modo que identifique as funções básicas para um funcionamento harmonioso, bem como elencar os atores nesse contexto.
Os responsáveis pela ativação dos abrigos devem ser acionados sempre que houver a emissão de alertas para as áreas de atenção. Caso haja a confirmação da necessidade de remoção das pessoas das áreas de atenção, os responsáveis deverão ativar os abrigos.
O coordenador destaca que o plano de contingência será ativado sempre que a água dos rios Tocantins/Itacaiunas atingir a cota 80, que corresponde a 10 metros acima do nível normal, quando ameaça atingir as áreas mais baixas de bairros na Velha Marabá e do Núcleo Cidade Nova.
(Tina Santos- com informações da Ascom PMM)