Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Passadas mais de 50 horas desde o maior assalto a empresa de valores no Pará – segundo a Polícia Civil – nenhum membro da quadrilha que tinha cerca de 30 integrantes foi pego pela polícia. Nesta terça-feira, o delegado de Polícia Civil Sílvio Maués, chefe da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), disse que há duas frentes de trabalho: uma voltada para a perseguição das pessoas que participaram da ação, que podem ainda estar na região. Além disso, há outro efetivo da força de segurança do Estado atuando na investigação do crime.
“Vim a Marabá para discutir com as autoridades locais algumas estratégicas de atuação para elucidação deste assalto, agilizando meios necessários para incrementar a ação da polícia. Deslocamos vários grupamentos especializados de Belém para a região de Marabá para atuar na busca ao bando”.
O delegado reconhece que a geografia da cidade, cortada por rios e ligada por pontes foram elementos que favoreceram a quadrilha, que ganhou tempo para sua ação e para fuga. Todavia, tentou minimizar, alegando que mesmo assim, se os bandidos estiverem ainda nesta região, eles serão encontrados e capturados.
Maués garantiu que o Estado tem um protocolo bem organizado de repressão a ações contra bancos e instituições financeiras. “Em todas elas trazemos como desfecho prisão de pessoas que participaram delas”, garantiu.
Questionado se há alguém já identificado através de imagens, o delegado saiu pela tangente, dizendo que a divulgação de informações já obtidas pode trazer prejuízo às investigações já realizadas. As imagens nos levam à possibilidade de projetar a quantidade de pessoas envolvidas na ação. Imagino em torno de 20, mas pode variar”, disse.
As imagens mostram que este tipo de ação já se repetiu nos estados de São Paulo e Bahia, com o mesmo modus operandi, atacando empresa de guarda e distribuição de valores. Houve apenas mudança de alvo. Antes eram agências aqui na região, agora foi a empresa que guarda o numerário. “O processo de busca e captura se mantém o mesmo”, disse.
O delegado também disse que a empresa ainda não contabilizou o valor que foi subtraído pelos bandidos e não registrou a ocorrência com o valor subtraído. “A gente entende que o valor seja vultoso, acima do que costumam levar em agências bancárias”.
Questionado pelos órgãos de Imprensa sobre o silêncio da Polícia no dia do assalto, evitando prestar esclarecimentos à população através dos órgãos de comunicação, delegado Silvio Maués pediu desculpas e alegou que há recomendação para que não se preste informações no primeiro momento, além do fato de que a equipe estava focada em tentar prender o bando. “Às vezes a fala de um de nós pode acabar trazendo prejuízo àquilo que já tinha sido feito”.
Retirada de escombros
Ainda na tarde desta quarta-feira, dia 7, caminhões e tratores trabalham na sede da Prosegur – que foi demolida pelas explosões de dinamite – para retirada dos escombros. Os entulhos são recolhidos em quatro caminhões e a conclusão está prevista para esta quinta-feira. Toda vez que percebem pacotes de dinheiro ou notas avulsas no meio do entulho, vigilantes da Prosegur pedem parada para o trator e recolhem as notas e colocam em um saco.
2 comentários em “Marabá: passadas 50 horas do espetacular assalto, polícia ainda não colocou as mãos em nenhum assaltante”
infelizmente a nossa segurança publica do estado do Pará e as policias civil e militar, parecem o embate entre zorro e sargento Garcia. policiais totalmente despreparados sem armamento e equipamentos adequados para enfrentarem a criminalidade de grande magnitude, com certeza os bandidos estão fazendo festas e zoando com as nossas autoridades. inclusive este assalto na sede da Prosegur esta difícil explicações para nós os cidadãos comuns. vamos acompanhar os fatos.
Bando de incompetentes.