A Polícia Civil do Maranhão prendeu em Marabá, no sudeste do Pará, uma mulher acusada de participação na morte de duas adolescentes que, ante de serem mortas pelo “tribunal do crime” de uma facção criminosa, tiveram que cavar a própria cova. Os crimes aconteceram no dia 21 de março deste ano na cidade de Timon (MA) e foram filmados pelos criminosos.
A acusada foi presa na última segunda-feira (19). Ela é uma das 10 pessoas indiciadas pela Delegacia de Homicídios de Timon por envolvimento nas mortes das adolescentes Joyce Ellen, de 15 anos, e Maria Eduarda, 17 anos. As vítimas foram assassinadas e enterradas em cova rasa que elas foram obrigadas a cavar, no bairro Parque Aliança.
Segundo o delegado Antônio Valente, responsável pelas investigações do caso, seis pessoas já foram presas, todas mulheres. Outros quatro acusados são considerados foragidos da Justiça.
A primeira prisão ocorreu no dia 23 de abril, na cidade de Carlos Barbosa (RS), fruto de trabalho integrado entre as polícias do Maranhão, Pará e Rio Grande do Sul. Outras duas jovens foram presas no dia 24 de junho, na cidade de Teresina (PI). No dia 28 de junho, os policiais civis da Delegacia de Homicídios prenderam outra envolvida também em Teresina.
Já no dia 13 de julho, a Delegacia de Uruçuí (PI), por meio do delegado Carlos Alberto Jorge e equipe de policiais civis daquele município, prenderam outra envolvida. Agora foi presa em Marabá a sexta envolvida.
Os demais foragidos foram identificados pela Delegacia de Homicídios de Timon como Willian de Sousa Teófilo, vulgo “Bolinha “ou “Moana”, que tem moradia no bairro Três Andares e Vila da Paz; Karina Ellen do Carmo Sousa, vulgo “Esmeralda”, que reside no bairro Mafrense; Johnny Willer Rodrigues de Souza, vulgo “Mentor”, um dos líderes de organização criminosa que reside em São Luís (MA); e Antônio de Deus Pereira, vulgo “Fantasmão”, líder da organização criminosa no Piauí.
Segundo o delegado Antônio Valente, o quadro feminino da organização criminosa, de origem maranhense e com alcance em outros estados, foi responsável pelas mortes das jovens. Ele informa que nenhuma das duas vítimas era faccionada.
Joyce residia na área da organização rival e postava fotos fazendo menção apenas por brincadeira. Já Maria Eduarda residia na área da organização que a matou e fazia fotos com o símbolo da referida organização sem ao menos participar, no entanto, foi executada. Pelo menos três das investigadas conheciam Maria Eduarda, do bairro Vila da Paz.
De acordo com o levantamento feito pelos investigadores, uma das vítimas chegou a pedir para morrer com disparos de arma de fogo ou que fosse enterrada viva, em razão das agressões físicas que sofreu. Os laudos cadavéricos apontaram ainda que uma das vítimas foi morta com golpes de faca, taco, pá e picareta e a outra jovem foi enterrada ainda viva.
A Polícia Civil do Maranhão disponibilizou um contato para informações anônimas, a fim de tentar localizar os demais envolvidos que estão foragidos. As denúncias podem ser feitas através do telefone (99) 9 8447-1057 ou em qualquer unidade policial.
Tina DeBord
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Felizmente Deus “fixou um dia em que há de julgar em justiça a terra habitada”. Atos 17:31