Com a perspectiva de potencializar profissionais ligados à espeleologia – estudo das cavernas – a Fundação Casa da Cultura de Marabá em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF), do Rio Grande do Sul, ofertou o curso de Especialização em Patrimônio Espeleológico, o primeiro do Brasil. As aulas teóricas acontecem de forma remota, feitas em aplicativos de videoconferência. Já as aulas práticas, iniciam no próximo dia 7 de agosto.
Durante nove dias os alunos estarão em três cavernas, na região da Serra das Andorinhas, para o estudo in loco. Além disso, os laboratórios da FCCM auxiliarão os discentes nas pesquisas pós-campo. No período de 7 a 13 de agosto, os alunos terão três disciplinas práticas e serão acompanhados de seis professores, sendo dois deles da Casa da Cultura.
Foi pensando em atender as necessidades da região em realizar processos de licenciamento ambiental, levantamentos e avaliações acerca do impacto das obras sobre as cavidades naturais subterrâneas, gerenciar projetos, relatórios de pesquisa, prospecção e demais trabalhos de campo associados a cavernas, que o curso nasceu. O especialista em espeleologia poderá também emitir laudos e pareceres sobre patrimônio espeleológico, coordenar equipes multidisciplinares, e realizar compensação ambiental e planos de manejo para uso turístico de cavernas.
“Superou nossas expectativas. Tanto que tivemos que abrir uma segunda turma para comportar a demanda. As matrículas dessa segunda etapa podem ser feitas até o dia 15 de agosto através do site da Universidade de Passo Fundo. Esse é o primeiro curso de especialização em Espeleologia do Brasil com mais de 35 alunos matriculados na primeira turma. A Fundação sai na frente, mais uma vez, e mostra sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento”, diz Vanda Américo, presidente da FCCM.
O Núcleo de Espeleologia foi criado em 2006 para atuar na prestação de serviços de consultoria ambiental. Além disso, os pesquisadores contribuem com a educação ambiental na região, incentivando e divulgando as pesquisas espeleológicas.
Ao longo desses anos, aproximadamente três mil cavernas foram descobertas e pesquisadas pela FCCM. Isso representa cerca de 10% das 22.846 cavidades conhecidas no Brasil. A FCCM é reconhecida nacionalmente pela grande contribuição ao Patrimônio Espeleológico Brasileiro, sendo referência na descoberta e exploração de caverna, principalmente na região Norte.
(Ana Mangas/Ascom FCCM. Foto: Breno Pompeu)