Marabá: Setor produtivo debate 10 anos do Código Florestal

Legislação permitiu equilíbrio entre proteção à biodiversidade e proteção a quem produz alimentos
Os 10 anos de implantação do Código Florestal Brasileiro foram levados a debate em Marabá

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Com a presença do ex-deputado Aldo Rabelo, que foi relator do projeto que aprovou o Código Florestal Brasileiro, a legislação considerada uma das mais modernas do mundo, foi debatida em Marabá. A iniciativa é da Associação dos Criadores do Pará (Acripará), que representa os pecuaristas do Estado, em parceria com a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Realizado no plenário da Câmara Municipal de Marabá, o evento debateu os 10 anos do Código Florestal, que nasceu a partir de uma jornada que buscou equilibras duas necessidades importantes do País: a proteção do meio ambiente e a proteção de quem produz alimento.

Aldo Rebelo: “Nós criamos uma legislação respeitada no mundo inteiro”

Rebelo cita como fruto do Código Florestal o fato de que, apesar dos problemas ambientais, com desmatamentos ilegais e queimadas, a Amazônia ainda é a região que concentra 30% de toda a biodiversidade do planeta. “Isso só se explica pelo esforço do Brasil em proteger o meio ambiente”, argumenta.

“Nós criamos, depois de 200 audiências públicas, uma legislação respeitada no mundo inteiro, que consegue, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e o produtor rural”, reafirma, ao acrescentar que hoje o Código Florestal Brasileiro é o grande fiador das metas do Brasil nas conferências ambientais de nível mundial.

Nesse contexto, Aldo Rebelo destaca que a Unifesspa guarda relevância no debate regional pelo fato de que, além de produzi o conhecimento crítico/científico, tem a função de explicar o que é a Amazônia, em primeiro lugar, para o Brasil.

“No Sul e Sudeste ninguém sabe o que é a Amazônia; as pessoas pensam que sabem, mas só sabem o que as ONGs estrangeiras falam da Amazônia”, observa, ao advertir que existem muitos interesses internacionais em torno da Amazônia, cujo objetivo central é impedir a expansão das fronteiras agrícola e mineral do País, daí a importância do Código Florestal, que é uma legislação de equilíbrio.