Marabá tem maior aumento de rebanho bovino do Brasil

Município viu pasto ficar pequeno para abrigar 208 mil novas cabeças de 2020 para 2021 e deve segurar bastão de 2º maior rebanho nacional em 3 anos. São Félix do Xingu segue líder.

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Nenhum lugar do Brasil vê o rebanho bovino prosperar tanto como em Marabá. O principal município do sudeste do Pará ainda não é o campeão em número total de cabeças, mas pode se gabar de ver nascer, anualmente, a maior quantidade de bezerros e, por isso, aumentar o efetivo como nada visto no país.

De 2020 para 2021, o rebanho marabaense ampliou em cerca de 209 mil cabeças, totalizando 1,478 milhão de bois e vacas, o terceiro maior exército nacional de gado. Mantido o ritmo, em três anos Marabá se tornará o segundo maior produtor de gado bovino do Brasil, superando Corumbá (MS), que registrou 1,839 milhão de cabeças no ano passado.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que analisou dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) liberados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A PPM contabiliza a produção do ano de 2021 e é, juntamente com a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), o estudo de base anualizada mais aguardado pelo universo agropecuário.

Marabá é o grande destaque do levantamento no que se refere à pecuária bovina, muito porque o município viu o efetivo saltar 119% desde 2011, quando totalizava 675 mil cabeças e passava longe do topo do ranking. Agora, muito bem na foto, Marabá se consolida como um dos principais mercados agropecuários no país, onde a cotação da arroba do boi já é referência.

São Félix do Xingu

Com 2,469 milhões de cabeças, São Félix do Xingu, no sul do Pará, segue na liderança nacional da produção bovina, posto que ocupa há pelo menos uma década. O município ― que também é o que mais emite gases de efeito estufa no Brasil e um dos que mais desmatam ― tem efetivo bovino cerca de 30 vezes maior que sua população real, de aproximadamente 80 mil habitantes.

São Félix aumentou seu rebanho em cerca de 107 mil cabeças de 2020 para 2021, praticamente o mesmo volume de crescimento registrado por Altamira, no sudeste do estado, onde o rebanho saltou de 797 mil cabeças para 904 mil. Altamira é o 10º colocado nacional em rebanho e um dos quatro nomes do Pará no “Top 10”, que conta, além de São Félix do Xingu e Marabá, com Novo Repartimento na sexta posição, com 1,156 milhão de cabeças.

O rebanho bovino do Pará chegou a 23.921.005 cabeças e é o que mais cresce no país, justamente puxado por Marabá, Altamira e São Félix do Xingu, nessa ordem. O aumento desde 2020 foi de 1,5 milhão de cabeças. Com isso, o estado segue em 3º e está prestes a ultrapassar Goiás, que possui 24.296.954 cabeças, mas que cresce em ritmo mais lento. O Mato Groso continua, de longe, com o maior rebanho nacional: 32.424.958.

Confira onde estão os 20 maiores rebanhos bovinos do Brasil:

1º São Félix do Xingu (PA) ― 2.468.764

2º Corumbá (MS) ― 1.838.542

3º Marabá (PA) ― 1.478.450

4º Porto Velho (RO) ― 1.353.947

5º Cáceres (MT) ― 1.161.605

6º Novo Repartimento (PA) ― 1.155.609

7º Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) ― 1.066.344

8º Ribas do Rio Pardo (MS) ― 993.037

9º Juara (MT) ― 954.545

10º Altamira (PA) ― 904.271

11º Juína (MT) ― 832.043

12º Nova Crixás (GO) ― 830.839

13º Alta Floresta (MT) ― 812.530

14º Nova Mamoré (RO) ― 807.820

15º Aquidauana (MS) ― 782.966

16º Cumaru do Norte (PA) ― 733.564

17º Colniza (MT) ― 733.536

18º Pacajá (PA) ― 733.530

19º Itupiranga (PA) ― 703.887

20º Vila Rica (MT) ― 697.234

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