O governo de Marabá abriu pregão eletrônico para registrar preços de produtos do gênero alimentício a fim de preparar cestas básicas para distribuir a pacientes carentes que estejam em tratamento de hanseníase na rede pública municipal. A iniciativa atende a uma lei local promulgada no ano passado para amparar as famílias de pessoas em situação de pobreza e nas quais algum dos membros esteja acometido pela doença. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
As propostas comerciais devem ser conhecidas no dia 13 de novembro e o valor total estimado da aquisição de gêneros alimentícios é de R$ 495,1 mil, distribuídos em dois lotes, sendo um reservado à ampla participação das empresas no valor de R$ 371,3 mil, e outro lote reservado exclusividade a micro e pequenas empresas no valor aproximado de R$ 123,8 mil.
São, ao todo, 16 gêneros alimentícios para compor as cestas e que contemplam arroz, feijão, macarrão, açúcar, sal, azeite de oliva, manteiga, leite desnatado, fubá de milho, café, aveia, farinha de trigo, farinha de linhaça, torrada integral, ovos de galinha e até castanha-do-pará. Estima-se que sejam confeccionadas 2.500 cestas básicas.
De acordo com a Prefeitura de Marabá, a iniciativa de contratação é válida durante o tempo em que durar o tratamento da hanseníase e está em conformidade com a Lei Municipal nº 17.915, de 2019, que dispõe sobre a concessão de cesta básica aos pacientes portadores da doença em tratamento pela Secretaria Municipal de Saúde.
Antigamente conhecida como lepra, a hanseníase é causada por infecção com a bactéria “Mycobacterium leprae”. Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. A lepra pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia com vários medicamentos. O tratamento precoce evita deficiência.