Uma medida tomada pela administração de Tião Miranda vai possibilitar o abastecimento da rede pública de saúde de Marabá com fórmulas nutricionais especiais destinadas a pacientes que se alimentam por meio de sonda. A Prefeitura de Marabá abriu licitação para comprar até R$ 233 mil em insumos da chamada nutrição enteral. As propostas comerciais para fechar contrato estão previstas para serem apreciadas no próximo dia 10. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
A nutrição enteral é uma forma de alimentação para pacientes que não devem ou não conseguem se alimentar pela boca, a chamada via oral. É o que acontece no caso daqueles que se submeteram à cirurgia da região da cabeça e pescoço, esôfago e estômago, por exemplo. A ingestão dos alimentos pode ser feita por meio de sonda — em passagem nasogástrica ou orogástrica — posicionada ou implantada no estômago e no intestino delgado.
Nessas situações, são implantadas bolsas bi ou tricompartimentadas, que contêm a solução de nutrição parenteral pronta para uso. A bolsa é constituída de compartimentos distintos, cada um preenchido com solução de aminoácidos, glicose ou emulsão lipídica. As fórmulas podem ser vendidas no pacote de bolsa completa ou somente em lata.
O preço médio de uma lata, das que a Prefeitura de Marabá pretende comprar, gira em torno de R$ 325 para a unidade de 400 gramas. Ela vem com pó sem sabor, mas nutricionalmente completo, enriquecido com triglicerídeos e elevados teores de zinco, vitaminas A, C, D e E. Já o kit composto pela nutrição parenteral com a bolsa tricompartimentada, que varia de 1,8 a 2 litros em volume, não sai por menos de R$ 726 na cotação média.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Marabá, organizadora do registro de preços para aquisição das fórmulas, os suplementos nutricionais são comprovadamente um coadjuvante no tratamento alimentar, sendo um método simples de adequar a ingestão de nutrientes em pacientes incapazes de atingir as necessidades nutricionais diárias, seja causado pela própria patologia ou intercorrências advindas do tratamento que possam interferir na forma de se alimentar. A SMS, no entanto, não divulgou quantos pacientes são atendidos pela rede pública de saúde com esse tipo de serviço.