Marcado julgamento de recurso de militar responsável por Massacre de Carajás

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O STJ deve julgar dia 23 próximo recurso especial do coronel Pantoja. Condenado a 228 anos de prisão por comandar o Massacre de Eldorado dos Carajás, militar segue em liberdade.

Em abril de 1996, no município de Eldorado dos Carajás, 155 policiais militares comandados pelo coronel Pantoja, entraram em confronto com militantes do MST na tentativa de desobstruir a rodovia PA 275 que se encontrava interditada na “Curva dos S”. Houve retaliação por parte dos sem terras e ao final do confronto um saldo 19 manifestantes mortos e ainda centenas de feridos e 69 mutilados. Com forte repercussão nacional e internacional, o evento marcou a luta dos trabalhadores camponeses pela reforma agrária.

Entre os policiais, 144 foram incriminados e julgados, mas apenas dois comandantes foram condenados: Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira (condenado a 154 anos de prisão). Ambos aguardam a análise do recurso da sentença em liberdade, que está sob avaliação da ministra Laurita Vaz.

Para o dia do julgamento no STJ, estão previstas vigílias e celebrações em memória dos agricultores assassinados. Para o advogado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ney Strozake, “é importante que os movimentos sociais e direitos humanos estejam presentes e pressionem para que se cumpra justiça e se mantenha a condenação deste que é um dos principais responsáveis pelo massacre”.

1 comentário em “Marcado julgamento de recurso de militar responsável por Massacre de Carajás

  1. Paulo Pinheiro Responder

    Zé dudu,

    A Cf/88. garante o livre exercício do direito de manifestação, não entrarei aqui no mérito se os fazendeiros ou sem terra, são os detentores da verdade. Afinal, quem é dono da verdade? Os fatos devem ser apurados, e punam-se os culpados.
    Como vc sabe, por meio de comentários que faço no seu blog, sempre assumo meu nome e meu e-mail e o que acho, em meus singelos comentários. Quantos aos anônimos, fazendeiros ou sem terra, que emitem opiniões, sem a devida identificação, considero covardes, ou apaniguados do poder público municipal. Aberto ao debate só encontrei Wanterlor Bandeira, parabéns! Esconder-se, por motivos que desconheço, para emitir opiniões, contrárias ou favoráveis ao poder público, é um ato menor. Digamos indigno.

    PAULO PINHEIRO, RUA 8, Nº 178. COM CARA E CORAGEM AO DEBATE!

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