Neste meu primeiro “dia das mães” sem a minha querida mamãe, falecida em setembro passado, peço licença aos meus caros leitores para cumprimentar todas as mães do mundo homenageando a minha inesquecível D. Irene, minha amada mãe.
A mulher que sempre esteve com os braços abertos quando precisei de um abraço; a mulher que sempre soube reconhecer à hora exata em que eu precisava de uma amiga para compartilhar meus medos, angústias e até alegrias; a mulher dos olhos mais sensíveis que por este mundo já passaram, mas que por diversas vezes se endureceram quando eu precisei de uma lição; a mulher que, fazendo uso de sua força e de seu amor, me dirigiu pela vida e me deu as asas que precisava para voar. Obrigado por tudo!
Mãe, sempre te amarei. Esteja com Deus!
Feliz Dia das Mães a todas as mães do mundo!
2 comentários em “Mãe”
Querido Zé,
Queria compartilhar com você e com todos que frequentam o seu blog o texto “Mater”, de José Mattos Neto que faz um blog que frequento assiduamente. O nome do blog é Palavras de Ontem, eis o endereço: http://www.palavrasdeontem.blogspot.com
Vamos ao texto:
Mater
Mais disso não poderia ser. Um mundo dentro da bolsa. Minha cama placentária. Nasci em meio ao sujo, num mar de substâncias nada aprazíveis. E seus olhos foram os primeiros a encontrar minhas formas no meio daquilo tudo que saia dela. Somos uma biologia à parte. E como poucos organismos vinculados. Ela tem os olhos azuis e descende de povos distantes. Me fez dentro de si e eu sempre querendo escapar. Foi ela quem me mandou descer das árvores. Foi ela quem organizou meus primeiros anos de estudo. Sua lei era o eco escapado de um pai que viajava muitíssimo. Talvez não precisasse, mas sempre falava dele. E um dia, como naturalmente aconteceria, eu a fiz chorar. Fiz perder a cabeça. Ela me machucou. Nunca são simples os grandes amores, dizia a canção. E estamos aqui. Um de cada lado. Sem cordões umbilicais, porém unidos com a mesma grande força que tanto atrai como repele. Sou parte do que ela quis, e mais, parte do que sequer esperou e me dá um alento extremo saber que, mesmo sem pedir antecipadamente, poderei estar em seus braços com todos os frágeis segredos que me fazem tão solitário e irregular. Isso, por fim, é o melhor dos lugares. Meu útero a céu aberto, cujo cuidado pode se dar por desejo ou necessidade, mas sempre estará por lá. J.M.N.
É caro Zé, faz falta a todos nós!!