Uma indicação apresentada na sessão desta terça-feira (30) pela vereadora Eliene Soares pode evitar que acidentes ocorram com os moradores dos prédios do Residencial Alto Bonito, o maior programa de habitação popular do interior do estado e que abriga 2.400 famílias.
Embasada em denúncia feita pelo presidente da associação dos moradores do residencial, Kenedy Modesto, segundo quem a falta de segurança expõe centenas de famílias ao perigo, sobretudo crianças, a parlamentar pediu à Prefeitura de Parauapebas que, urgentemente, providencie a instalação de telas ou grades de proteção em janelas e demais espaços dos prédios a que crianças tenham acesso e estejam vulneráveis a quedas.
No ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, 1.380 pessoas foram parar na emergência em Parauapebas, internadas por acidentes, sendo que em metade dos casos as vítimas tiveram fratura de ossos em razão de quedas. Os acidentes domésticos envolvendo crianças e adolescentes com até 14 anos responderam por 14% das ocorrências. E mais: o Ministério da Saúde aponta também que 202 mortes em Parauapebas — decorrentes de quedas e escorregões, por exemplo — poderiam ser evitadas anualmente por meio de ações de prevenção a acidentes.
Para impedir que acidentes domésticos se tornem rotina, particularmente nos prédios sob a batuta do poder público, como os do Residencial Alto Bonito, que atingem 250 metros de altura, a vereadora elaborou a indicações, que foi aprovada. “Ao proporcionar a segurança dos moradores e inibir acidentes domésticos, a medida ainda traz economia aos cofres públicos, já que menos pessoas acidentadas implica menos gastos com internações e outros recursos de saúde”, esclarece Eliene Soares.
Espaço de convivência
A vereadora Eliene Soares teve aprovada na mesma sessão outra indicação em que solicita ao Poder Executivo a implantação de espaço de convivência com pracinha, academia ao ar livre e miniparque infantil no Bairro Vila Nova, um conjunto habitacional ao lado do Bairro dos Minérios no qual residem cerca de 2.500 habitantes.
“É mais gente que a população de 300 cidades brasileiras e que, portanto, precisa de uma área de lazer. O bairro é novo, periférico e tem carência de equipamentos públicos”, alega a parlamentar, ressaltando que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano reservou R$ 1 milhão e 100 mil para desenvolvimento do projeto “Essa Praça é Nossa” e outros R$ 150 mil para construção, manutenção e revitalização de lagos e áreas de lazer.