Durante a semana, o governador Helder Barbalho assinou um decreto que determina várias ações preventivas para evitar a circulação, a disseminação e o contágio do coronavírus no Pará. Entre as medidas anunciadas estão aquelas que fazem frente ao impacto da pandemia na economia e, sobretudo, visam à manutenção e à geração de emprego e renda.
De acordo com Helder, o Estado apresentará na semana que vem uma proposta de concessão de crédito empresarial a microempresas e pequenos empreendedores individuais (MEIs), com o objetivo de fomentar e fortalecer esse segmento, que pode ser afetado com as mudanças de comportamento dos consumidores no cenário atual. O isolamento social proposto pelos governos em todo o Brasil vai impor desafios de ordem econômica à sociedade e trazer dificuldades para a manutenção de pequenos negócios.
O Blog do Zé Dudu fez um levantamento de quantos microempreendedores podem ser alcançados pela proposta aqui no Pará, e o número, de acordo com o Portal do Empreendedor, pode chegar a 200 mil. Atualmente, praticamente um terço dos MEIs paraenses está concentrado em Belém, onde o número chega a 61.668 formalizados. Ananindeua, segundo município mais populoso do Pará e localizado na região metropolitana, tem 22.032 microempreendedores.
Santarém (9.729), Marabá (7.839), Parauapebas (6.686), Castanhal (5.823), Altamira (3.516), Marituba (3.441) e Barcarena (3.018) vêm na sequência, no que diz respeito ao número de MEIs. Já em 11 municípios o número de microempreendedores não chega a 100: Magalhães Barata (97), Cumaru do Norte e Sapucaia (95), Santarém Novo (84), Brejo Grande do Araguaia (79), Aveiro (78), Palestina do Pará (66), Chaves (63), Santa Cruz do Arari (42), Bannach (40) e São João da Ponta (39).
Setores econômicos
Doze nichos da economia dominam com presença de 44% a presença de MEIs no Pará. A fila é puxada por microempreendedores do comércio de roupas e acessórios, que somam 20.423 em atuação. São tantos empreendedores que dariam para montar uma cidade e meia do tamanho de Curionópolis, sendo que a prevalência maior nesse ramo é de mulheres (15.391), em número três vezes maior que os homens.
Em segundo lugar estão os donos de mercadinhos (11.536) e, em terceiro, os cabeleireiros (10.308) — neste último ramo as mulheres também são o triplo. Promotores de vendas (6.342), donos de armadinhos (5.581), proprietários de distribuidoras de bebidas (5.513) e de pequenos restaurantes (5.135) também formam números expressivos de microempreendedores. Os homens levam vantagens sobre as mulheres em negócios voltados a obras de alvenaria e em táxis, ramos nos quais eles chegam a ser 30 vezes mais numerosos que elas.