Menor diz ter sido estuprada em delegacia no Pará

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Uma adolescente de 17 anos afirma ter sido estuprada por dois policiais civis em Marabá, cidade a 554 km de Belém. Segundo relato da jovem, os abusos foram praticados em uma delegacia e no quarto de um hotel perto da casa de um dos acusados.

O caso é de 11 de janeiro, mas será relatado oficialmente ao Ministério Público Estadual nesta segunda-feira, 7, que promete investigar os fatos, considerados “extremamente graves”. Enquanto isso, o investigador Marcelo Serra Rocha e o escrivão Jorge Tadeu do Espírito Santo Guilhon, já indiciados por estupro, continuam trabalhando.

A menina foi parar na delegacia depois de ter participado de um latrocínio ao lado do namorado. Um taxista foi abordado pelo casal, mas reagiu e foi assassinado a tiros. A adolescente, que teria testemunhado o crime, foi detida.

Na delegacia, chegou a ser presa em uma cela e liberada depois de afirmar ser menor. Em seguida, foi abordada pelo primeiro agressor.

Segundo denúncia da adolescente, o primeiro estupro aconteceu no banheiro da delegacia. O escrivão Espírito Santo pediu para que a jovem entrasse no local enquanto aguardava pela chegada dos parentes. Depois de ser violentada, ela teria sido conduzida para a viatura por Rocha, para levá-la para sua cidade natal, Redenção.

No caminho, o investigador fez uma parada no hotel e a estuprou pela segunda vez, diz a jovem. Outro investigador, de nome Nelson, estava na viatura, mas não teve participação no abuso, segundo investigação policial. Antes da viagem, um quarto policial, Rodrigo Paiva Barros, ainda pediu R$ 5 mil a um tio da jovem para liberá-la.

Denúncia

Os crimes foram denunciados pela adolescente à polícia de Redenção. A delegada responsável pelo caso, Dinilda Ferreira Costa, não considerou necessário afastar os acusados do serviço. Para o delegado-geral, Rilmar Firmino, todas as providências para a apuração dos fatos foram tomadas.

Nenhum dos policiais citados relatou o caso ao Conselho Tutelar ou ao Ministério Público Estadual (MPE). Para a promotora Cristine Magela Silva Correia, o silêncio significa omissão. O Estado tentou contato com os acusados, mas eles não aceitaram dar entrevistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

3 comentários em “Menor diz ter sido estuprada em delegacia no Pará

  1. amansa lôco Responder

    Zé dudu,entendo seu posicionamento diante dos fatos…em a “vitima”sendo uma latrocida,acho que ela não pode reclamar de nada,uma vez que causou um mal maior para sua vítima,sendo assim,fica empatado.
    teve o castigo merecido,não é no Brasil que menor tudo pode?

  2. ANÔNIMO Responder

    Esse é exemplo de mau jornalismo. Vitimiza uma latrocida. Coloca a palavra da infratora como a expressão da verdade investe o ônus da prova e ponto final. A Decrif que não alisa ninguém apurou os fatos e não viu elementos suficientes para representar pela medida cautelar de prisão preventiva indiciando os agentes públicos meramente pelo princípio in dubio pro sociedad. Depois os suspeitos que se virem para levantarem as cabeças após seus nomes terem sido jogados à lama.

    • Zé Dudu Autor do postResponder

      Apesar das informações serem do Estadão, o Blogger entrou em contato com o delegado Antônio Miranda, de Redenção, que confirmou a versão da menor e disse que o caso seria encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil. Ainda segundo o delegado, o caso é grave, até por dois motivos: se a menor estiver dizendo a verdade é grave pois os policiais merecem ser severamente punidos; se a menor estiver mentindo a gravidade ainda é maior, já que a mesma participou de um latrocínio e tentou se safar acusando”indevidamente” dois membros da justiça. O fato é que deve-se investigar e apurar as três versões, todavia, mesmo que a menor esteja mentindo, não teria como o jornalismo se omitir de dar a informação so porque existem membros da justiça envolvidos. Se apuradas as suas inocências, que se dê o mesmo espaço para a divulgação, isso é o justo.

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